sexta-feira, 30 de abril de 2010

Pelo amor de Deus, perdoe-me João!

Bom não ter companhia essa tarde, porque têm coisas que só consigo fazer sozinha. A presença de alguém inibe minhas conversas com o espelho do banheiro, além dos monólogos por toda casa. Muita gente diria que sou maluca se existissem câmeras espalhadas por aqui. No fundo acredito que maluca devo ser, ao menos um pouco. Numa dessas conversas (as de hoje à tarde), falei pro meu espelho – não me olhe assim, nem tudo foi culpa minha! – agradeço boa parte da minha resignação, a mania que tenho de aceitar sentimentos monopolizados, embora eu não encontre alternativa. Afinal, qual sentimento me foi dado de acordo com os critérios que eu determinei? Resposta: Nenhum!
Vou deixar de conversa fiada – francamente esse texto não tem nada a ver com o que escrevi aí em cima, mania de ser prolixa – o assunto é o seguinte, andei muito triste com uma barbaridade que ouvi no fim de semana passado, não sei se isso já aconteceu com vocês, se já aconteceu de alguém lhe culpar por ser infeliz. A questão é, sobre a imputação pela “infelicidade alheia”, queria me defender e dizer que não houve dolo. Nossa! Como é ruim ser indeferida por alguém a quem você quis velar – foi como servir “suco de uva” a João à mesa e, sem querer, derrama o suco por sua blusa branca – desastrada, isso que sou!
Na verdade ISSO que sou, desastrada, mas não é assim que me sinto, ou pelo menos que João fez eu me sentir... Sinto-me culpada, constrangida. Se eu pudesse voltar ao tempo lhe juro “quem iria à Cochinchina seria eu”, se pudesse desviaria daquela direção. Infelizmente não tenho alternativas a oferecer; perdão não funciona, lamentar muito menos – mandar-lhe flores com chocolates, só lhe faria engordar – que tal um “chiclete mascado” com uma promessa? Cole-o na janela do seu quarto e tenha a garantia que enquanto ele não se decompor eu não lhe farei visitas...
... mas João, se ainda assim o chiclete mascado lhe trouxer lembranças minha, considere-o “etc ” das nossas desventuras e – pelo amor de Deus, perdoe-me João! – aceite de uma vez por todas que não poderíamos adivinhar que não "fomos assim... feitos um para o outro".

A tampa é menor que a panela!
Classificação do texto:(besteirol...)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Vá pra lá, por favor...

por Sussumonte


A você que não cheira nem fede
Você que não é doce nem salgado
Você que não é assim como “o bife do meu almoço”
Você que nunca me pegou, e certamente nunca me pegará de surpresa com suas descobertas primárias e tardias “de que o mundo tem formato redondo e gira”
Você que simplesmente participa da minha vida porque deve ser “sinceramente” parte de algum carma “fuderosíssimo”
A você que nunca entendeu o que eu falo, peço desesperadamente que entenda o meu atual, real e simples desejo:
Segundo a pesquisa que eu fiz ao Google,(http://pt.wikipedia.org/wiki/Cochinchina), a Cochinchina existe, essa imagem logo acima do texto, é a sua bandeira, e é pra lá que eu gostaria que você fosse...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Perguntas postiças (parte I)

por Sussumonte


- Olá Amélia, como vai? Tudo bem?
– Oi Drica, eu estou mais ou menos...
– Sua mãe como está? E sua irmã? As crianças, elas estão bem? Beijo, eu preciso ir...
- É, já que insisti em saber, estão todos...

A resposta que Amélia queria dá a Drica:
-Drica, foi tão rápido aquele nosso encontro outro dia, e talvez você nem tenha percebido uma tristeza em meu semblante. Drica, semana passada o meu gatinho “frajola” morreu; você também não perguntou por meu marido, Drica. Amiga, eu fui “traída,” o filho da puta do Paulão colocou um belo par de chifres em mim e foi morar com uma rapariga, Drica. Ainda não descobri quem é a “Puta” que está com ele. Ai amiga, ele já tirou todas as roupas do guarda roupa, estou arrasada Drica!

A pergunta que Drica esqueceu de fazer:- Será que o Paulão não deixou por lá, uma camisa do Sport, ele está sentido a maior falta dela?

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O MUNDO VAI ACABAR OU NÃO VAI?

Ando assustada com as notícias nos telejornais sobre os desastres ocorrentes. Algumas idéias podem desparafusar sua cabeça de tanto que faz você pensar. Esse agendamento para o Fim do Mundo em dez. de “2012” tem mexido demais com meu juízo.

O mundo vai acabar: segundo os Maias; Nostradamus; o apocalipse; segundo as imagens que ultimamente vejo na TV, e segundo a minha vizinha do “103”...
Eu já tive um sonho assim – desses sonhos assustadores, onde têm Tsunami, furacão, muita gente desesperada e o céu cai sobre nossas cabeças– melhor dizendo, não se tratava de sonho e sim de um pesadelo. Lembro muito bem, que no sonho havia tanta gente transtornada, uma multidão envolta por um desalento querendo salvar seus filhos e animais de estimação, e ainda no meio de todo aquele caos, Deus aparecia em forma de um grande pássaro negro – que transmitia muito medo, não temor – e toda aquela gente não tinham pra onde ir... Por sorte minha, acordei antes de morre. Eu devia ter por volta dos meus 12, 13 anos (não faz muito tempo assim), nunca esqueci esse terrível pesadelo.

A grande questão: O mundo vai acabar ou não vai?
- Bem, eu não sei se o mundo vai acabar! Ninguém sabe! O fato é que durante muito tempo esperei que o céu mudasse de cor e O Grande Cataclismo acontecesse acabando com tudo em volta, passaram-se alguns anos – e como pra mim, um ano representa muito tempo – eu percebi que esperar poderia levar embora anos da minha vida.

Falando sério...
Por esses dias, pensei: quantas pessoas continuam aguardando o FIM DO MUNDO. Elas ficam paradas, afim que o mundo se exploda e assim vão acabando com ele... Eu sei que já está manjado esse papo de: não jogue lixo nas vias públicas porque entope as canaletas; faça xixi no banho e economize água (ao menos da descarga) porque futuramente ela será escassa (aliás, já é...); deixe seu carro na garagem e vá ao trabalho uma vez por semana de bicicleta isso diminuirá os efeitos danosos dos gases poluentes à camada de ozônio...

A minha vizinha do 103...
Dona Marília, anda pouco preocupada com essa história, ela é evangélica e – isso que vou dizer agora não tem a ver com o fato de ela ser evangélica – a cada novo terremoto/ enchente acompanhada de desmoronamento/ furacão.../ enfim, a todo fenômeno físico catastrófico que acontece, paira sobre ela um fatalismo, a consignação do apocalipse, ela ressoa:
- É O FIM DOS TEMPOS MINHA FILHA, OS JUSTOS SERÃO SALVOS! – Talvez, ela tenha se arrependido de todos os seus pecados ao catalogá-los um a um, mesmo aqueles mais distantes, aliás, isso parece ser sua tarefa de casa (olhar seus próprios erros), do contrário, fico eu olhando da minha varanda “meia dúzia” de idiotas jogarem as latinhas dos refrigerantes que consumiram na lanchonete ao lado, na calçada do meu prédio. – E puta merda! – Há um depósito de lixo bem ao lado...

Tudo pode ser menos catastrófico...
Não podemos remeter a Deus, ou a nós mesmo a responsabilidade por esses fenômenos. Se o mundo está acabando – funciona como num fim de um relacionamento, não há em quem colocar a culpa – Em qualquer que seja a situação, procurar culpados é sempre ineficiente quando, o que se necessita são reparos. Eficaz é achar soluções, e se cada um, dentre tantas boas ações que se têm pra fazer, ao menos fizesse a sua parte, o mundo agradeceria. Se todos levassem mais a sério o nosso planeta, por certo, seríamos compensados com menos episódios catastróficos, ou ao menos seríamos eximidos de toda culpa.

Minha grande preocupação...
- Deus, será que eu serei salva?

quarta-feira, 14 de abril de 2010

NÃO ME ENVERGONHO DE MUDAR DE IDÉIA PORQUE NÃO ME ENVERGONHO DE PENSAR. (Pascal)


Para alguns seres humanos, talvez fosse mais fácil não pensar (se pudessem não existir). Se para existir precisasse ser habilitado, tipo: “aprender a pensar antes”. Se existir não fosse, na sua semântica, “TER EXISTÊNCIA REAL, VIVER, DURAR, PERMANECER, SUBSISTIR.” Existir dá um trabalho danado, mas não precisa de licença prévia (é uma pena). Daí o termo “PENSO LOGO EXISTO” retrata nossa existência dentro da condição de pensar, independente daquilo que se pensa. O ser humano, pensando, reúne certa quantidade de idéias, e determina a sua existência. Assim, por exemplo, as crianças existem; apesar de seus pensamentos imaturos e confusos, elas agem desprovidas do medo de acordo com seu mundo inanimado. Para citarmos outro exemplo – um psicopata, antes, ordena e confabula seus crimes dentro de seu pensamento, depois os executa – Outro exemplo ainda é o de Fulaninha(burrinha) – que eu não quero citar o nome para não parecer pessoal, e acreditem não é – ela gosta de usar uma frase clichê: -“não me arrependo das coisas que fiz e sim das coisas que deixei de fazer por medo de me arrepender” – Vamos para o ultimo termo, há de se imaginar que a falta de atitude daqueles que desperdiçaram uma oportunidade, seja baseada na hipótese de ter sido boa ou ruim, é algo extremamente digno de arrependimentos – Eu torno operante em minha mente, esse pensamento – quanto ao primeiro termo “não me arrepender das coisas que fiz”, parece esdrúxulo, já diante do termo seguinte “que trata-se de um arrependimento” – pelo amor de Deus, quem disse essa frase a Fulaninha? E Fulaninha não existiu porque ela não pensou, ela apenas disse da boca pra fora o que havia escutado. Talvez o que Fulaninha não saiba – ou não tenha ainda parado pra pensar – foi acerca do termo “arrependimento” que dentre seus significados, ressalto aqui alguns: “MUDAR DE IDÉIA, OPINIÃO, PARECER OU PROPÓSITO” . Existe uma frase que retrata bem o desperdício daqueles que envergonham-se ao se arrepender:

NÃO ME ENVERGONHO DE MUDAR DE IDÉIA PORQUE NÃO ME ENVERGONHO DE PENSAR. (Pascal)

- É Fulaninha, para mudar sua forma “BURRINHA” de existir, você terá de recorrer ao seu modo de pensar e reunir outras idéias... Enfim, temos aí duas condições que dependem do PENSAR – a existência e a mudança. Afinal, ERRAR É HUMANO, PERMANECER NO ERRO É BURRICE... Pronto!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Aos meus amigos...


"Mesmo que as pessoas mudem e suas vidas se reorganizem, os amigos devem ser amigos para sempre, mesmo que não tenham nada em comum, somente compartilhar as mesmas recordações. Pois boas lembraças, são marcantes, e o que é marcante nunca se esquece. Uma grande amizade mesmo com o passar do tempo é cultivada assim."

(Vinícius de Moraes)

Hoje, não sei por qual razão, fui abraçada por uma lembrança saudosa.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

ESPERE QUE EU CHEGO JÁ...

Eu preciso sair, tomar um ar, ver gente amiga, passear...
Disseram-me que ando sumida./Ai meu Deus, ainda mais essa!/ - Maria,vem caaaaá.../ Ser presente sendo ausente./ Os paradoxos estão cada dia mais culminantes./ - Já voooouuu...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

TODO MUNDO É ALGUMA COISA. ZÉ NINGUÉM "NÃO" É UM NADA (ZÉ ninguém "não" merece isso rsrsrs).

Já havia muito não explanava minhas idéias sobre os absurdos alheios, nem os pessoais. Bastava-me a cara de desdém, dos outros para comigo, e minha para com os outros.
Às vezes eu apenas “pareço” ser hostil tentando usar as ferraduras que a vida me deu, há de se entender que eu não levo jeito pra essas coisas. Afinal de contas, minha essência é outra, o que não quer dizer, que eu não saiba dar coices -não queiram conhecer o ápice da minha hostilidade - às vezes dou um belo e forte coice, mas prefiro a mansidão. É que a vida vai diversificando tanto meus suportes, e eu preciso aprender a usá-los bem. Esse argumento pode até parecer ínfimo, mas serve para justificar minha corrupção àqueles dias “tempestuosos” em que aparecem os rótulos; onde ser herói ou ser bandido não é uma questão de opção. Já, para os dias mais “amenos” minha mente tem aspecto ruminante.
Nas minhas superficiais opiniões, todos sabem - não há nada de novo no que vou dizer agora – é sabido que não suporto empáfia. Venha ela de quem vier!
Reparem; se eu digo que Zé Ninguém além de ignorância possuía arrogância, vocês hão de concordar comigo que Zé Ninguém não era assim tão vazio. Isso mesmo, Zé Ninguém não era “num todo um NADA”. Zé Ninguém sempre trata de ter algo o que mostrar e se orgulhar.

A seguir a estória de um pavão de bela plumagem, que gostava muito de se exibir.

"RABO DE PAVÃO"
[...] - Boa noite Sr Pavão? – disse às pressas a galinha.

Antes mesmo de retribuir “boa noite”, o Sr pavão deu aquela arrumada na plumagem e disse:

- Gostou do alinhamento de minha bela plumagem? Minhas plumas valem uma fortuna e se parecem com grandes olhos abertos, todos pensam que estou sempre a vigiar...

Não citei espaço além do tempo, mas quero dizer agora que eles / o pavão e a galinha / encontravam-se num pobre rancho e como já se sabe era noite.

- Sr Pavão , não consigo enxergá-lo bem. O Sr não percebe que é noite, não tenho visão noturna e sinceramente estou tão preocupada com a astuta raposa, prefiro apressar-me em resguardar, não quero correr o risco de ser apanhada por ela.

E com o ego encharcado /cheio de orgulho vão/ seguiu o Sr Pavão, disfarçando olhares /para o vislumbre de uns/ exibindo assim a estética de sua “tão alinhada” plumagem. Dona Raposa nem precisaria ser astuta./ Aquelas plumas que mais pareciam grandes olhos não conseguiram enxergar/e o previsível aconteceu.../ “Dona Raposa” o formoso pavão comeu.

(A única coisa de fato relevante, foi o grande trabalho que a Dona Raposa teve em estraçalhar toda aquela “alinhada plumagem”).

[...] Também é dado outro termo a plumagem do pavão “ RABO”, portanto:

Cuidado, com o rabo à mostra!
Isso, segundo MAriazinha lá dos montes "aquela que escreveu"

Neste texto foi permitido soberba da autora.

Até mais, Vida longa...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Ser ou não ser...

Através de um vidro embaçado enxergamos a nós mesmos. A imagem que temos não é a mesma daquele atento vigia. E mesmo sendo paradoxo analisar a si mesmo, há quem peleje nessa retórica e se esforce tentando ser seu próprio interlocutor, é aceitável, afinal ninguém possui nossas interjeições - quereria eu sim vender meu peixe a todos e ser considerada politicamente correta aos olhos alheios. – A verdade é que apesar de sabermos tudo sobre nós não enxergamos nossa imagem além daquela parcial refletida no espelho. (...) Demorei muito a entender que sou além de mim, sou o que o outro vê. Posso ditar quem sou. Não se trata de ser apenas isso e sim ser aquilo/ e ser singular / e comum. / Sou necessária – às vezes não - igual ao ponto do i./ Sou parte/ e sou completa./ Sou o buraco e a beira – e toda a esfera que os separam./ Sou a equiparação do paradoxo - de quem acrescenta ao extrair./ Sou a vontade de ser diferente – já não sendo igual./ Sou complexa/ e sou fácil./ Sou a minha parte/ e os pedaços que me arrancam – também sou o que dou./ Sou aquilo que pareço ser/ sou infinitamente - muito daquilo que não quero ser./ Não sou apenas isso que mostro - sou também aquilo que escondo. / E entre ser ou não ser, não cabe a mim o alarde.
Maria Monteiro