quinta-feira, 8 de abril de 2010

TODO MUNDO É ALGUMA COISA. ZÉ NINGUÉM "NÃO" É UM NADA (ZÉ ninguém "não" merece isso rsrsrs).

Já havia muito não explanava minhas idéias sobre os absurdos alheios, nem os pessoais. Bastava-me a cara de desdém, dos outros para comigo, e minha para com os outros.
Às vezes eu apenas “pareço” ser hostil tentando usar as ferraduras que a vida me deu, há de se entender que eu não levo jeito pra essas coisas. Afinal de contas, minha essência é outra, o que não quer dizer, que eu não saiba dar coices -não queiram conhecer o ápice da minha hostilidade - às vezes dou um belo e forte coice, mas prefiro a mansidão. É que a vida vai diversificando tanto meus suportes, e eu preciso aprender a usá-los bem. Esse argumento pode até parecer ínfimo, mas serve para justificar minha corrupção àqueles dias “tempestuosos” em que aparecem os rótulos; onde ser herói ou ser bandido não é uma questão de opção. Já, para os dias mais “amenos” minha mente tem aspecto ruminante.
Nas minhas superficiais opiniões, todos sabem - não há nada de novo no que vou dizer agora – é sabido que não suporto empáfia. Venha ela de quem vier!
Reparem; se eu digo que Zé Ninguém além de ignorância possuía arrogância, vocês hão de concordar comigo que Zé Ninguém não era assim tão vazio. Isso mesmo, Zé Ninguém não era “num todo um NADA”. Zé Ninguém sempre trata de ter algo o que mostrar e se orgulhar.

A seguir a estória de um pavão de bela plumagem, que gostava muito de se exibir.

"RABO DE PAVÃO"
[...] - Boa noite Sr Pavão? – disse às pressas a galinha.

Antes mesmo de retribuir “boa noite”, o Sr pavão deu aquela arrumada na plumagem e disse:

- Gostou do alinhamento de minha bela plumagem? Minhas plumas valem uma fortuna e se parecem com grandes olhos abertos, todos pensam que estou sempre a vigiar...

Não citei espaço além do tempo, mas quero dizer agora que eles / o pavão e a galinha / encontravam-se num pobre rancho e como já se sabe era noite.

- Sr Pavão , não consigo enxergá-lo bem. O Sr não percebe que é noite, não tenho visão noturna e sinceramente estou tão preocupada com a astuta raposa, prefiro apressar-me em resguardar, não quero correr o risco de ser apanhada por ela.

E com o ego encharcado /cheio de orgulho vão/ seguiu o Sr Pavão, disfarçando olhares /para o vislumbre de uns/ exibindo assim a estética de sua “tão alinhada” plumagem. Dona Raposa nem precisaria ser astuta./ Aquelas plumas que mais pareciam grandes olhos não conseguiram enxergar/e o previsível aconteceu.../ “Dona Raposa” o formoso pavão comeu.

(A única coisa de fato relevante, foi o grande trabalho que a Dona Raposa teve em estraçalhar toda aquela “alinhada plumagem”).

[...] Também é dado outro termo a plumagem do pavão “ RABO”, portanto:

Cuidado, com o rabo à mostra!
Isso, segundo MAriazinha lá dos montes "aquela que escreveu"

Neste texto foi permitido soberba da autora.

Até mais, Vida longa...

Um comentário:

  1. Acho o orgulho uma das fugacidades mais frágeis da vaidade humana. No seu excesso, me lembro sempre da representação dos monarcas nos desenhos animados da década de 60. Gordos, preguiçosos e prepotentes. Mas a relatividade do fato é tão engraçada quanto misteriosa. Certa vez, encontrei um famoso guitarrista no Shopping Recife, dois fãs conversavam com ele, um dos fãs mais entusiasmado exaltou:
    - Cara, você é o maior guitarrista do mundo!
    Com um dos cantos da boca na vertical do tédio o ídolo respondeu secamente:
    - Eu sei.
    Eu estava quatro metros ao lado deles, com as mãos nos bolsos, pensei até em ir lá falar com o cara, afinal, eu tinha todos os CDs dele, mas fiquei ali na minha. O ídolo deu os autógrafos dos garotos, olhou pra mim e disse:
    -Quer que eu assine na camisa mesmo?
    Propositalmente sem jeito respondi em tom gentil.
    -Desculpe-me, mas não conheço você.
    Vi uma mistura de ódio e vergonha surgir no rosto dele que saiu rapidamente resmungando pelo corredor.
    Ah... A fragilidade do orgulho. O poder físico, artístico, a auto-indulgência dos Deuses Gregos. Os alimentos subjetivos da vaidade são os olhos e as palavras de quem a circunda. Às vezes, parece que refletir o que não se espera tem um impacto de toneladas num ego inflado.

    "O manto do orgulho é a vergonha"

    William Blake

    Adoro suas alegorias e a maneira como me faz refletir ao te ler. Excelente.

    Forte abraço.

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