sexta-feira, 16 de março de 2012

Fi-lo porque qui-lo

Sendo o comportamento do homem, alheio a estética moral, digo somente, havendo a inversão daquilo que é ético, também será irrefutável a consistência da depreciação desse homem que, absorto em suas vontades e utopias, abandona o pomar de valores e diz: Fi-lo porque qui-lo. Não há mesmo razão considerável, uma sequer, que faça tal homem visionário, reconhecer que a extensão de seus atos forma seu caráter, pois somente se preocupa com caráter o homem que, em sua essência, percebe-se habitar o mundo, e, não aquele que almeja que o mundo habite nele; ao último, paira o egoísmo e a obsolência de sua moral. Logo, desconstruir valores representa a queda de um ídolo, e em meio a esse processo não há evolução, tampouco admiração. Internamente, nascendo o individualismo, o homem não reflete, ele faz o outro refletir: um grande homem é coletivo e não singular.