terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Mula Gigante.

Ele viu que aquela carreira de playboyzinho estava chegando ao fim. Quando percebeu que já não tinha tanto assédio como antes. Pelo menos por parte das garotas, de todas as idades, até aquelas que já não se pode mais chamar assim de... "garotas".
E agora aos 30 e poucos anos ele se perguntou: O que eu vou ser quando crescer?
Ora, ora... Tão cedo e você diz adeus ao seu glamour. Se fosse de fato seu fim, lá estaria escrito em sua lápide: "AQUI JAZ, UMA MULA GIGANTE EM FORMA DE GENTE".
Agora eu pergunto e suas camisas da Ralph Lauren, Gucci, Armani, Lacoste, Tommy? Todas suas roupas da Abercrombie & Fitch, Levis? E seu perfume quase caro “Jean Paul Gaultier”, a lancha de luxo do seu pai, seu carro importado... E agora, por que essas coisas não mais preenchem o seu vazio?
Ufa, achei que seu cérebro não tivesse espaço para indagações sobre as coisas simples da vida, eu nunca pensei que ao arrumar o cabelo diante do espelho ele também pudesse lhe mostrar, além das marcas da idade, a penetração sublime do amor, o vazio que é viver sem ter ao seu lado alguém. -Dói? - Dói!
Dói tanto que eu ofereço ajuda:
Mayday, mayday ! S.O.S. a um coração arrependido, que lamenta o tempo perdido...
S.O.S. aqueles que se preocuparam demais com o rótulo mostrado aos outros rótulos.
- Mayday, mayday. Temos outras prioridades! Lá no Haiti estão precisando de ajuda humanitária.
- Outra opção você, seu burro:
Por que você não se manda pro Haiti pra ajudar parte daquela gente, ao invés de ficar aí na fila dos desiludidos?! Isso mostraria melhor seu coração partido.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Luiz, respeita Januário.

À beira do rio pensando, nas cores e paisagens, na longa estrada e meu retorno, nas grandes possibilidades de acertos sobre pontos de vista pré-formados. Frio? Não. Calor de matar. Um céu todo azul e a sensação de estar mais próxima do sol, com duas semanas nesse lugar minha melanina seria ativada e eu seria definitivamente: pretinha.
Um pouco enjoada, por causa dos whiskes ingeridos na noite passada, por sinal "não" dormida, enfrentei "novamente" o vulco vulco da viagem, subi à balsa para atravessar o rio São Francisco (O Velho Chico)... Quando voltamos pra casa sempre deixamos algo para trás.
E lá se iam algumas erronias impressões que eu tinha, tudo contrário a mim. Em resumo eu digo: as cidades, que eu visitei, são lindas, verdadeiramente agradeci a oportunidade de apreciar as paisagens naturais do sertão (PE/BA), tamanha é a riqueza desses lugares, mas... Definitivamente, EU SOU URBANA!

Desculpe-me Luiz Gonzaga (ele que tanto elogiou e amou o sertão), se pudesse o diria pessoalmente:
- Luiz, com toda admiração e respeito que o tenho, hoje estou mais convicta de adorar a poluição sonora e visual das cidades grandes, com todos os arranhas céus, por sinal um comentário que queria fazer sobre uma das muitas constatações que tive “eu, uma matuta da cidade grande”, andando pelas ruelas daquelas cidadezinhas do sertão, percebi o quanto gosto dessas luzes artificiais que me cerca, a única coisa que eu trocaria, sem dúvidas, era aquele ar puro que respirei. Sim, porque essa poluição um dia ainda vai me matar de asma, acho que se pudesse trocar o ar, certamente minhas "ITES" agradeceriam...

Outras constatações: gente é gente (e algumas em especial são maravilhosas), bode é bode, vaca é vaca, galinha é galinha (aliás, essa constatação não tive bem ao certo). Tem mais: eu aprecio o verde(apenas aprecio); avestruz é delicioso; eu continuo achando "sushi" a melhor comida do mundo e a mais importante de todas as constatações: calango é calango e eu, também, “sou camaleão".
Saudades desse espaço, agora com mais tempo voltarei a postar.

Bjs. Love Su!