domingo, 28 de outubro de 2012

Eu escolhi a nossa trilha sonora (quero que você saiba).





A vida como nos filmes, caso assim fosse, ao contrário disso que sucede na vida real, possivelmente teríamos um final feliz. À beira da praia, lançaríamos pedras ao mar e seria essa nossa única competição – quem de nós dois, conseguiria arremessar “as pedras” mais longe –, e depois de nos livrar “das pedras”, dançaríamos abraçados ao som da nossa música – dos instrumentos harmônicos de nossos sentimentos, e letra que nos emociona ao lembrar a nossa história – daríamos as mãos emocionados, sob um céu alaranjado e sobre o céu alaranjado estaria escrito “FELIZES PARA SEMPRE!” Sabe, de uma coisa? Antigamente, eu acreditava apenas em “nosso encontro” hoje eu acredito em “nossa despedida” porque eu avistei você guardando “as pedras” que deveriam ser lançadas... Vi que você preparou uma jangada a fim de enfrentar sozinho – como quem abandona a si mesmo –  o mar alvoroçado de ilusões. E se eu dissesse que não “ERA” pra ser “ESSE” o nosso fim... Eu sei, você também concordaria comigo! É, talvez você seja mestre naquela lição que me ensinou na primeira vez em que te vi – Lembra? Aquela da despedida?! – “TODOS OS DIAS DIZEMOS ADEUS”. De acordo com os seus ensinamentos todos os dias, eu devo valorizar aqueles que amo e jamais morrer de lamentações. Quanto “a despedida” eu apenas não soube “esquecer o caminho de casa e não chorar a cada anoitecer”... Mas, eu não sei se eu quero ser assim, igual a você – Forte! – mesmo que doa, mesmo que sangre, como na morte – Conformado! – Então eu devo aplaudir a você, que me ensinou “sem medo” como se morre todos os dias... Enquanto isso, eu espero lhe ensinar a lição “TODOS OS DIAS DIZEMOS ATÉ LOGO”. De acordo com os meus ensinamentos, todos os dias, você deverá lembrar-se de si mesmo e jamais matar alguém por um entusiasmo. Quanto “a volta” você tem apenas de “lembrar o caminho de casa e sorrir a cada amanhecer”... Mas eu não sei se você quer ser assim, igual a mim – Feliz! – mesmo que doa, mesmo que sangre, como na vida – Alegre!  – Então, espero que um dia eu possa ouvir o som de seus aplausos por eu poder lhe ensinar “com medo” como se vive todos os dias...
E desse filme, eu já sei qual a trilha sonora!

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Além do Poeta

Outro dia quis escrever um poema sobre a grandeza do amor. Achava ousadia dedilhar em meus versos curtos o seu encanto, se nas emendas dos recortes, sequer seu contorno, sequer seu revestimento, quase nada, fazia juz, ao seu aspecto majestoso. – Mesmo assim o fiz. Sobre o vão da sala, quase em silencio, recitei um verso simples [...] O amor dói  “em seguida” expulsei o “Eu lírico” mandei-o embora. – Como ousa, em alusão, dar tal sentido àquele que remonto? – Ajoelhei-me no chão, à mesma sala, como se tivesse palavras próprias a reunir, como se quisesse ser além do poeta; revestindo-me de soberania, declamei meu protesto [...] Revê a alegria que se teve/ tão só à dor deste instante/ penso, melhor “sinto” não é o amor imune ao desalento/ tampouco dois corpos ungidos de glória. – Remonto o amor com a legitimidade de quem o vive –  “Aquele que anseio/ embora pungente/ apraz-me em sua presença/ recusando-o eu morria.” – E, procurando adorno ao ato de deitar com outros corpos recitei – Que venham os dias de solidão/ ao corpo nu e acompanhado/ no prazer da carne... Que venham, para alimentar ilusões... – Qual “intenção” tem o poeta? Externar sem extrair? Eles parecem colecionar sentimentos; transformando tudo em palavras. Eu me pergunto: como contextualizar a luz, se além de um clarão, pode-se ater a ela, também, uma fagulha?  Diz-se pouco de uma luz, considerando literalmente, seu efeito no aquém-escuro que antes se encontrava. Desse modo, admiro os poetas em suas definições harmônicas e imputáveis acerca de sentimentos e de coisas em “seus efeitos e sensações”.  – Devo logo dizer que não sou poeta, alguns poemas que já ousei escrever não passaram de dez linhas – pode-se dizer que sei fazer versos curtos, tão curtos quanto os instantes em que me permito senti-los. A mim, não é tarefa difícil falar de sentimentos, no entanto, quanto a este ato, quase não há empirismo; prefiro recorrer à ficção. Tendo eu uma mente literária, inventei personagens, e em meu mundo tudo parece ter vida. Não é raro me pego falando com criaturas inanimadas de algumas fábulas que criei. Mas confesso sentir inveja dos poetas, dada a maneira como eles usam alusões aquilo que sentem. O que mais me atrai em reflexões poéticas é o adorno, o rebuscamento que se tem para falar de coisas tão simples. Não adianta dizer que o ser poeta é um ser simples, que isso não me convence. Daí talvez se dê o meu distanciamento a esse título.

domingo, 7 de outubro de 2012

Domingo de Eleição...


Já falei aqui, outro dia, sobre a minha insatisfação em ir votar... Não é pelo ato em si, mas as opções dos candidatos... Poucos dias atrás falei da possibilidade, nessa eleição, de anular meu voto, por falta de opção mesmo. No entanto hoje, domingo de eleição, às seis horas e cinco minutos da manhã, acordei em busca dos meus candidatos a prefeito e vereador na cidade do Recife. Como de costume coloquei água no fogo para fazer meu delicioso café e enquanto aguardava, debrucei-me num projeto de janela que existe em minha cozinha, eis que a paisagem foi essa postada logo acima... Gente, são seis da manhã de um domingo de eleição, avisto a avenida vazia de carros e congestionada de papéis desses candidatos de “Jaboatão dos Guararapes” cidade em que resido e que logo mais terei que atravessar a fim de exercer minha obrigação, não mais direito, até votar em Recife...  Aí, sem dúvidas, sou forçada a admitir, que a cada ano de eleição me convenço que política é literalmente um jogo de marketing sujo. Neste momento, algumas dúvidas, estão perambulando minha cabeça: será que estou ficando muito exigente ao sentir desejo de votar nulo? Ou, muito burra a ponto de não saber avaliar bem, apenas um, dentre poucos candidatos? Será mesmo, neste eixo, que diminuo as expectativas por culpa da minha falta de informação acerca das boas intenções de alguns candidatos, ou, ainda nesta dimensão, posso argumentar este anseio pelo o que de concreto identifico, a precariedade no atual sistema governamental?  Entendo que hoje é um dia de exercer a democracia, de sonhar com a possibilidade de mudanças, sei que o voto nulo me excluirá dessa participação, bem como a iniciativa de votar num candidato “menos ruim” caracteriza-se uma vulnerabilidade política. Bem, eu devo decidir nas próximas horas se votarei em algum candidato ou anularei meu voto, sendo esta ultima opção lamentável pela diminuição do meu direito de ao menos exigir aquilo que foi prometido. Partindo desse princípio, mais uma vez, vejo a minha balança pender para o lado da investida e confiança que tentarei doar a um desses "filhosdaputa" que prometem demais e cumprem de menos. Acho que topo colaborar com a mudança desse cenário; ao menos uma, dentre essas duas situações ocorrerão: ou surgirão novos e bons atores políticos, ou aumentaremos nossos problemas por mais quatro anos.
Espero – porque vivo e tenho esperança – que os fins “políticos” sejam consolidados pelos “meios” a que cada um desses políticos tenham se comprometido. Pois, bem sei que de boas intenções o inferno está cheio... Boa sorte, brasileiros! É disso que precisamos no momento!      

domingo, 9 de setembro de 2012

SIM! EU TROPEÇO!

Por Maria Monteiro ou Sussumonte

A propriedade com a qual vos falo, não tem a ver com o ar pedante que alguns me atribuem. Desculpem-me se utilizo de muito sarcasmo ao fazer abordagens minuciosas sobre o caos das relações humanas, mas isso todo mundo tem. Assim como também há em mim a capacidade de reconhecer “com humildade” que tomei um baita de um baque.
 Somos puramente emocionais, uns mais outros menos, e a forma como cada um lida com suas frustrações está completamente ligada com o tamanho das perspectivas projetadas em si mesmo e nos outros. Quem confia muito também exige muito, e quando a oferta não atende a demanda restam atribulações. Para dar conta das indagações, alheias e pessoais, não basta o argumento do próprio fracasso. O olhar – às vezes piedoso noutras vezes de desprezo – coage e intriga qualquer indivíduo que tenta se reerguer. Lido com meus fracassos com a mesma percepção das quedas em público. Quem aqui nunca caiu em meio a uma multidão e sentiu muito mais vergonha que  propriamente dor? As crianças são consideradas verdadeiras e elas têm muito disso, os adultos têm uma mania de fingir, e pensar que não devem se constranger e se sentir derrotados nunca. Ora, se estivéssemos reclusos numa ilha além de não haver plateia não estaríamos inclusos nesse grande jogo de perdas e ganhos que se dá à vida em sociedade. Mas a vida para muitos acontece aqui e agora, embora muitos estejam vivendo obrigados, falarei por mim: Sou apaixonada que pela vida e acho que superar é o eterno desafio humano. Reestruturar as ideias após um baque é tarefa que todo mundo que tropeça tem de fazer. Uns até se corrompem e se perdem no palco da vida; eu levanto todos os dias em busca do autoconhecimento tentando me aprimorar na condição de SER HUMANO – essa ideia de HUMANO ser um ANIMAL RACIONAL confronta e entrelaça “ A má intenção dos intelectuais espertos & As emoções dos mais sensíveis”, pois ao invés de unir os termos na semântica “AQUELE QUE RACIOCÍNA” utiliza-se da dicotomia “apesar de sermos RACIONAIS somos ANIMAIS” o contrario também ocorre – meu caminhar é lento, porém nem sempre cauteloso, muitas vezes eu tropeço. Não sei dançar, mas concordo com a frase de Fernando Pessoa que diz: temos de fazer da queda um passo de dança.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Mais uma história pra contar...

Tenho amigos que me aconselham a virar a página, esta que há quase meio ano insisto em repaginar; amigos que me dizem a todo instante, anda – a vida tem que seguir – e, nesse novo caminho, vá buscar apenas aquilo que é seu. Eu por outro lado, gostaria de esclarecer: não é meramente o medo do novo, aquilo que estar por vir, que finca meus pés aqui, tampouco a dor da despedida o que retarda a minha ida. Talvez isso seja pratico, quando se avista um novo rumo, tendo ele – o rumo – um alicerce “pré-parado”, que garanta segurança além do inerente entusiasmo. Tão logo me disperso, vejo sentido na despedida – a gente só se despede daquilo que não é nosso – algo como um clarão, muito bem percebido, até mesmo por cegos... Nunca por aqueles que vedam os olhos no intuito de não enxergar.

No amanhecer dessa primeira quinta-feira de agosto, enquanto eu tomava meu café e observava o trânsito, da janela da cozinha – embora, eu tenha sentindo saudades “de quando olhávamos juntos à mesma direção” – agradeci por poder avistar, sozinha, uma avenida tão movimentada, – ainda bem que não há o vai e vem dos carros, nessa que não é uma avenida de “mão dupla” – assim, olhando os carros num único sentido, vejo que eles vão, e mesmo que amanhã, transitem novamente por ali, no retorno são obrigados a fazer um caminho diferente; mas foi num gole de café que queimei a minha língua, e não quando chorei e, novamente, admiti: tenho que ir! Mesmo que dá última vez eu tenha pensado e dito que não mais partiria.

Não tenho dúvidas, minha alma é cigana! Essa explicação, nada efêmera, se dá a muitas direções entre tantos desenganos – Bem, se não fosse por essa despedida, esse amor não seria um deles – o que me impulsiona, aliás, a agir como sempre fiz, praticando o desapego. Não tem fundamento fazer um novo e o mesmo juramento, de confiar nos homens. Se a mim mesma eu sempre repliquei baixinho: Não há mesmo aquele a quem posso confiar?! Sim, eu preciso me cuidar para não me tornar egocêntrica diante das ilusões e inocências daqueles que não possuem, nesse âmbito, experiências. Devo direcionar meu olhar, atenta, e não me tornar obsecada por verdades, afinal, que grande mal fez quem a mim foi infiel – se com atos ou omissões, todo mundo o é – eu não sou a dona da verdade; não a alheia, quanto a minha sim, mas a quem mais ela serve além de mim?

Voltando ao que finca os meus pés aqui, ou pelo menos tentava fincar, era a forte sensação daqueles dias, que embora fosse rotina, havia algo que me abastecia de alegria e relutei para que não se transformasse em lembranças... Mas o grande fiasco mesmo foi não perceber, que o homem nada mais é que o acúmulo de seus dias vividos... Ao amanhecer o dia anterior já virou ontem, e o exato não se dá às próximas horas, nem minutos, nem segundos seguintes... O que de concreto tem um homem é aquilo que ele vai deixando para trás. Sim, são as lembranças! Quanto às supracitadas, foram maravilhosas e são minhas! Melhor assim, para quem hoje descobriu aquilo que quer colecionar: “eu vou buscar boas histórias pra contar”.

terça-feira, 12 de junho de 2012

DOR

Perdoarei qualquer antagonismo que surja das subseguintes palavras, ainda mais por ser minha, apenas minha a “DOR”.

Em outra oportunidade, já escrevi a vocês sobre o tempo que se perde e o trabalho que se tem em sofrer. Não, não era tão verdadeira a banalidade que atribuí ao sentimento de DOR...

Na verdade – acredite agora – sempre quis parecer feliz, por causa do título que deram ao meu sorriso, da espontaneidade e sedução que ele transmite. E venhamos e convenhamos o meu sorriso não imuniza meu ser de nenhuma dor, aliás, o de ninguém. Seja a dor, física ou emocional sua peleja requer uma força – e, na vida, em determinadas circunstancias duvidamos ser o Marinheiro Popeye- quer seja sua – ou, extraída do espinafre – a força é o que nos faz reagir, isso parece óbvio, embora não seja fácil. O analgésico está para a dor física assim como o aprendizado está para a emocional. Hoje – tenho certeza – só dói o que precisa de remédio, ou entendimento.

 [...] num abismo, um homem resmungou de sua sorte. De instantes, sentiu eternidade... Encalhou o corpo e agonizou sua mente. É possível que tenha passado por seus pensamentos – num curto espaço de tempo – que não conseguiria desvencilhar-se, tão cedo, daquela sensação – Cruz Credo, aqui parece o fim de tudo – disse, olhando a si mesmo. Naquele momento constatou... Na dor, resignar-se não é a solução – para sair desse abismo, preciso escalar – sozinho, ocupou-se em reunir forças, ainda caído se deu conta das alternativas que lhe restavam – sempre há tantas direções a seguir – afirmou o homem, não por esperança, mas por clemência a si mesmo. Sem demora, comportou-se como um guerreiro, numa luta solitária, a ferro e fogo, soergueu-se daquele lugar. Não se pode chamar de fé o que o estimulou, – já acertei as contas com Deus – ter sido honesto lhe rendeu o melhor amuleto “o consolo” e quem não o for consigo, do mesmo modo, que não seja com os outros... Bem, o importante não é o diagnóstico do mau-caratismo alheio, mas o entusiasmo individual de quem quer sair de um buraco, quer seja pelas cordas que lhe jogam, quer seja pela trilhas que lhe restam. Avante, contudo, nunca se sabe o que irá suceder, tampouco vale lembrar o que sucedeu. É irônico, mas o corpo pesa mais sem alma; inerte...
Percebe-se a leveza da vida quando a dor faz pesar o ser.
(Maria Monteiro)

Vou agraciar meus queridos leitores, com um poema do grande MANUEL BANDEIRA, ele que soube fazer aquilo que não sou capaz, transformar “DOR EM POESIA”...

A VIDA ASSIM NOS AFEIÇOA

Se fosse dor tudo na vida,
Seria a morte o sumo bem.
Libertadora, apetecida,
A alma dir-lhe-ia, ansiosa: - Vem!

Quer para a bem-aventurança
Leves de um mundo espiritual
A minha essência, onde a esperança
Pôs o seu hálito vital;

Quer no mistério que te esconde,
Tu sejas, tão somente, o fim:
- Olvido, impertubável, onde
"Não restará nada de mim!"

Mas horas há que marcam fundo...
Feitas, em cada um de nós,
De eternidades de segundo,
Cuja saudade extingue a voz.

Ao nosso ouvido, embaladora,
A ama de todos os mortais,
A esperança prometedora,
Segreda coisas irreais.

E a vida vai tecendo laços
Quase impossíveis de romper:
Tudo o que amamos são pedaços
Vivos do nosso próprio ser.

A vida assim nos afeiçoa,
Prende. Antes fosse toda fel!
Que ao se mostrar às vezes boa,
Ela requinta em ser cruel...

segunda-feira, 14 de maio de 2012

BOA SORTE!

Bem, eu não sei mais o sentido do amor, perdi a compreensão... Eu não sei identificar quando estou sendo amada, quando estou sendo enganada... Eu não sei identificar quanto tempo mais eu posso esperar, ou quando já é hora de partir... Eu não sei quais as estratégias desse jogo, eu não sei jogar... Eu não sei jogar, porque eu não sei perder, e mesmo se eu ganhar não atribuirei essa vitória a minha capacidade, mas sim a sorte. E olha que coisa mais triste eu descobri: QUE O AMOR É UMA QUESTÃO DE BOA SORTE E QUE A FELICIDADE TRAZIDA PELO AMOR É PURAMENTE CIRCUNSTANCIAL... ...Mas, viver a mercê da sorte e das circunstâncias é inevitável. Portanto, BOA SORTE!

domingo, 15 de abril de 2012

Aquele que recomeçou O CAMINHO DO AMOR, fez quando percebeu que estava indo pelo caminho errado.

Hoje eu não fiquei só. Tive um encontro com a minha fiel companheira “solidão”, ela me fez lembrar que eu nunca quis sentir um “grande amor” por outro alguém, a ponto de restar tão pouco a mim. Mas, assim se fez, coloquei outro alguém em primeiro lugar em minha vida, titulado de “Meu Grande Amor, e até, Minha Vida” a esse RELAPSO – amar DEMAIS o outro –, mesmo sem manifesto prévio de vontade própria, agradeço a minha atual diligência na arte de AMAR. Nem todo mundo que prova o amor, sabe amar. Aquele que sabe amar reconhece quando, ao invés de AMOR é DOR e logo sente vontade de parar, impedindo assim alguém, ou alguma coisa de nos causar sofrimentos. Em questão de dias, quando houver a necessidade, recomeçar será o mesmo que voltar a andar de bicicleta depois de passados 15 anos, você lembra que nunca desaprendeu a pedalar, do mesmo modo, não esqueceu a principal lição acerca do amor “AMA AO OUTRO COMO A TI MESMO” – nessa lição eu tirei dez – a máxima “AMA AO OUTRO COMO A TI MESMO” dá aos dois atos, a mesma proporção. Não diz: ama MAIS ao outro e MENOS a você, ou visse versa. Visto que, à prática “amar demasiado” é um cortejo ao abandono, pois quem se ama demais, esquece o outro, e, quem ama demais o outro, esquece-se de si mesmo.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Fi-lo porque qui-lo

Sendo o comportamento do homem, alheio a estética moral, digo somente, havendo a inversão daquilo que é ético, também será irrefutável a consistência da depreciação desse homem que, absorto em suas vontades e utopias, abandona o pomar de valores e diz: Fi-lo porque qui-lo. Não há mesmo razão considerável, uma sequer, que faça tal homem visionário, reconhecer que a extensão de seus atos forma seu caráter, pois somente se preocupa com caráter o homem que, em sua essência, percebe-se habitar o mundo, e, não aquele que almeja que o mundo habite nele; ao último, paira o egoísmo e a obsolência de sua moral. Logo, desconstruir valores representa a queda de um ídolo, e em meio a esse processo não há evolução, tampouco admiração. Internamente, nascendo o individualismo, o homem não reflete, ele faz o outro refletir: um grande homem é coletivo e não singular.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

... Amar também é padecer no... Leiam

Isso pode realmente ser enfático, mas não terá relevância se você não me entender. Bem, sabe aquela dor de barriga que me dava quando criança, e ainda, sempre que fico ansiosa? É, ela voltou! Odeio que os outros percebam que você saiu e deixou a porta aberta, eles podem pensar que o amor é mesmo fugaz. E eu? Eu nem quero acreditar que o troco da padaria veio errado, que acabei pagando a mais, e por culpa da minha distração, só percebi quando voltei pra casa. Eu estou aqui numa terrível agonia, querendo lembrar aquela música que você nunca me ofereceu, mas que eu insisto em dizer que você cantava para mim. Sim, a nossa música, bem que poderia existir, certamente – mesmo sendo esta desafinada que sou – daria um jeito nessa minha voz rouca, e a cantaria suavemente pra você. Mas, ou os meus estímulos estão adormecidos, ou me faltam memórias para recordar. Eu sou tão medrosa para fazer apostas, e se ganho ou perco, meu bálsamo é o meu tesouro. O que eu queria mesmo era saber se você também sente esse aperto no peito, porque eu não consigo identificar se em mim ele existe por te amar demais, ou por desconfiar que já não seja amada. Eu gosto de estar sempre certa, mas nesse caso eu não me importarei em ser a errada. O amor nem sempre vai "de vento em popa".