segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Só de Sacanagem.

Por Elisa Lucinda
Meu coração está aos pulos! Quantas vezes minha esperança será posta a prova? Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro. Do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais. Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta a prova? Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz. Meu coração tá no escuro. A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e todos os justos que os precederam. 'Não roubarás!', 'Devolva o lápis do coleguinha', 'Esse apontador não é seu, minha filha'. Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar! Até habeas corpus preventiva, coisa da qual nunca tinha visto falar, sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará! Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear! Mais honesta ainda eu vou ficar! Só de sacanagem!
Dirão: 'Deixe de ser boba! Desde Cabral que aqui todo mundo rouba!
E eu vou dizer: 'Não importa! Será esse o meu carnaval! Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos.'
Vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo, a gente consegue ser livre, ético e o escambal.
Dirão: 'É inútil! Todo mundo aqui é corrupto desde o primeiro homem que veio de Portugal!'
E eu direi: 'Não admito! Minha esperança é imortal, ouviram? Imortal!'
Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quiser, vai dar pra mudar o final!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Anselmo disse adeus...


[...] Matou e morreu; exatamente nessa ordem Anselmo disse adeus: aos fatídicos dias, sim – aos dias que deixavam à mostra suas mazelas –, uma rotina ruminante; sem aparente clemência e sem direito a romaria.
Em seguida a notícia de sua morte, encontrei-me chorando. Digo-lhes, com competência para isso – a morte daquele que desde cedo se matou, escureceu meu dia – eu não esperava que sua morte chegasse assim. Sentirei saudades, porque a juventude é sempre saudosa. Mas lamentarei o desperdício do futuro, a trajetória sem frutos, a estrada vazia... Talvez sua redenção me confortasse: apagaria as dores que sua insanidade causou – Minha mãe, minha irmã, baixem os escudos, pois a morte já é a certeza do amanhã e mesmo depois de acreditar, ainda assim, haverá uma lágrima se não agora, num outro dia perto ou longe daqui – falo como se pedisse indulto ao falecido Anselmo. Pois é! Como podem perceber, este texto é tão pessoal quanto a minha dor – preciso explicar isso – estou tentando falar de uma dor esquisita: lamento a morte de um jovem de 36 anos de idade; ele participou da minha vida; foi meu cunhado durante mais ou menos 13 anos, e ex-cunhado nos últimos 6 anos. Depois que eles acabaram o relacionamento – digo, minha irmã e Anselmo –, nossa família não teve mais contato com ele, somente com os vestígios que ele deixou. Desculpem-me, mas não pretendo dar mais detalhes da participação de Anselmo em nossa família, relatarei apenas a última notícia que chegou: a de sua morte. Ele usava drogas e por isso: minha irmã sofria; minha mãe também; a mãe dele muito mais – meu Deus, a mãe dele, essa sem dúvidas foi quem mais sofreu – enfim, todos os envolvidos sofriam. Quem já conviveu com usuário de drogas, sabe do que estou falando, nesse caso, a morte sempre pareceu secundária a sua própria existência – eles parecem fetos abortados, presos em vidros, como aqueles das feiras de ciências que havia no colegio – se bem, que vocês não saberão ao certo o motivo da morte dele, nem mesmo eu sei. A exatidão que tenho é da vida vã que ele teve, no compasso de seu estigma, durante os anos que participou paralelamente da minha vida, e nesse período sim as drogas eram freqüentes. E é sobre isso que escrevo.

NO COMPASSO DO ESTIGMA

A morte vem lenta, deita.
No compasso do estigma,
Esquece, lembra,
Dorme, acorda.
Ergue, pinta as paredes.

A morte chega, paciência.
Matou e morreu,
Exatamente nessa ordem Anselmo disse adeus.
No compasso do estigma, apagou, acendeu
Ascendeu, apagou
Apagou
Apagou.

- Ouça-me:
A queda sem luta é uma vida sem glória.

Ache a luz, fique em Paz!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Aonde está você agora além de aqui dentro de mim...


Passados 14 anos - já imaginava antes - a saudade impetuosa revelaria a ausência, a insubstituição da admiração de um ser vivo, agora Mito. Ele me deu duas armas, uma pra cada mão, apontadas em duas direções. Uma mira o sistema, a outra o desamor. Atiraria no podre mundo que avisto, sem dó nem perdão. Seria um tiro bem no meio da testa, o que mais resta a essa terra cheia de fome e desolação. Eu recordo às vezes que meus olhos, olhos de jabuticabas brilhantes, avistavam pela primeira vez seus versos, e ainda aos meus ouvidos, o som de sua voz. Ainda ouso escrever coisas bonitas, falar de amor... Na estante da sala há livros guardados, livros não lidos, há ainda aqueles lidos apenas pela metade. Não foi assim com seus versos, não foi assim com suas músicas, e não haverá de ser! Por isso, a constatação: perder você; Não! Eu não diria isso, mas encontrar você; sim! Encontrar você em mim. "E mesmo sem te ver acho até que estou indo bem". Aonde você estiver, se puder, saberá: aqui há uma or

Objeto do Desejo


Depois do último encontro, não passou muito tempo – no que se refere a anos –, ela percebeu que estava sozinha, sentada no chão da sala – lembrou que já se sentiu assim antes – olhou para os quatro cantos – era por volta das 21h00 – não viu nada, não viu ninguém. Resmungou os sapatos apertados – tantos calos –, na flecha da luz que atravessava a janela fixou seu olhar, e foi se distanciando daquela cena, entrando em seus pensamentos, deitou-se ali mesmo, adormeceu e sonhou – nada do que for dito daqui pra frente aconteceu – sonhou que estava numa espécie de bosque – eram árvores floridas que nas alturas se cruzavam e deixavam um estreito caminho – um dos cenários mais belos que já pode sentir:
- Levanta-te e vem comigo, tira o invólucro, aqui não há desejo proibido – disse aquele –objeto do desejo – que já havia muito a aguardava ...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O amor me dá dor de barriga.

A dor na barriga voltou, o estomago mais parece um papel embrulhado, uma bolinha. Dor de barriga violenta, falta de apetite...
Se o amor dói, essa é a dor de amor que sinto... Não é o coração que dói, ao menos não é de lá que vem a minha diarréia. A comida não entra por causa do nó que há na garganta. Estou sem óculos e sem colírio, mas consigo coçar freneticamente os olhos até ficarem bem vermelhos e com isso disfarçar as lágrimas. O amor dói, o amor me dá dor de barriga.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

É saudade, então...

Eu espero que você não se sinta só essa noite
Porque apesar de estar longe, eu penso em você
E se na hora de dormir lembrar de mim; lembrar dos nossos bons momentos...
Então, lembre-se de vencer a solidão
Eu ficarei contente em saber que você foi dormir sorrindo e não chorando
Deixe que a saudade lhe faça companhia,
Eu, ainda, peço: expulse a solidão! Ela não encontrará paradeiro entre nós.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Tropa de Elite 2


Ontem assisti Tropa de Elite 2. O filme é muito bom, excelente! Aguçou ainda mais o meu desdém ao nosso sistema.
Brasil, hora de acordar!
Recomendo o "filme TROPA DE ELITE 2", um "FRAGA", e, um "CAPITÃO NASCIMENTO" a todo o Povo Brasileiro!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Eu, “Pseudocidadã” Brasileira.


Ontem à tarde – será melhor enfatizar-lhes: fim de tarde – saí às ruas para exercer meu direito & obrigação de votar. Verdade seja dita, ainda não tive a convicção que fiz algo prazeroso – nem tinha motivos para tanto – e apesar de não ter encontrado motivos para votar com satisfação (um pouco que fosse), deixei o perrengue de lado, e, imaginando a minha participação num sistema *Democrático Representativo (vide bula), votei!

Embora eu tenha o direito de expressar minha opinião, revelando o nome de cada um dos meus candidatos, ainda assim, não darei nomes aos bois. Não, não direi quais os candidatos tiveram o prazer de receber meu voto. Até mesmo porque, na atual democracia que vivemos, “esses” são fatores irrelevantes – acreditem em mim – A ORDEM DOS POLÍTICOS NÃO ALTERA O RESULTADO - por uma razão simples: os cidadãos brasileiros, não de um modo generalizado, mas a maior parte, são “politicamente analfabetos”, quer seja por comodismo, quer seja por inacessibilidade de conscientização política. Este fato justifica a percepção, e, revisão flutuante da nossa constituição. Na verdade, desde cedo, deveríamos receber orientações sobre a “verdadeira cidadania” o que nos garantiria seu exercício: tomar consciência dos direitos e deveres.

Comparação

*[...] Numa Democracia Representativa, (atual pseudo sistema governamental brasileiro): elegemos nossos representantes e governantes. Sendo eles, integrantes do PODER LEGISLATIVO (aqueles que fazem as leis e votam nelas – deputados, senadores e vereadores) e do PODER EXECUTIVO (administram e governam – prefeitos, governadores e PRESIDENTE DA REPÚBLICA).

É preciso ao povo sair desse estado de alienação e desenvolver uma posição de cidadão. É preciso “urgente” correr atrás, conhecer os direitos ja estabelecidos e quando for “absolutamente necessário” solicitar alterações ante a realidade atual.

Política é ou não é um assunto chato? Quem é o culpado, e ou, responsável por você pensar assim?

Fé em Deus no segundo turno !

... Acabo por aqui por causa do sono! Boa noite, melhor, Bom Dia!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Lá vou eu pro fim do arco-íres!

A primavera chegou e com ela as cores, os perfumes – não, não se trata do novo perfume da O Boticário – eu apenas queria flutuar até alcançar as flores do flamboyant.
Particularmente, isso não é tão importante pra vocês, eu apenas gostaria que entendessem...
Quando a minha mente, de sonhos, inflar; quando eu quiser voar; quando eu quiser morar no fim do arco-íres; quando eu não mais me importar em usar roupas démodé ; quando eu tiver coragem e confessar que nunca tive medo do HOMEM DO SACO – verdade! Eu tenho CORAGEM! Sempre desejei ter participado da Segunda Guerra Mundial apenas pra arrancar, destemidamente, aquele bigodinho ridículo de HITLER –; quando eu acionar minha realidade “alternativa” e simular a felicidade generalizada – apenas me digam que a mente humana é algo tão, tão relativo – não me enganem, não vão querer me interna, vão?!
Na mente não há utopia, fora dela é que há confusão! Eu vou sim, flutuar até alcançar as flores do flamboyant.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Sorria você está sendo filmado

Falácia do espantalho – pra quem não sabe – é um argumento informal baseado na representação enganosa das posições defendidas por um .oponente. Uma falácia do homem de palha pode ser de fato, uma técnica de retórica bem-sucedida (isto é, pode conseguir convencer as pessoas) .

Não Piter, não sou eu ali! Eu apenas observei o aviso que diz: SORRIA VOCÊ ESTA SENDO FILMADO! A verdade é que aqui dentro, não faz muito tempo, meu coração de pedra foi estraçalhado. Você sabe Piter, eu não gosto da minha tristeza, tampouco da sua cara de alegria. É difícil assumir o egoísmo, eu sei, mas com você, eu sinto prazer em ser! Eu gosto de pensar apenas em mim, eu gosto de antagonizar meus sentimentos, porque eu descobri que é fácil fingir, difícil é assumir – Piter, isso eu não farei – eu não vou assumir que perdi pra você. Eu vou continuar observando o aviso e recorrendo a falácia do espantalho. Eu vou voltar a escrever meu livro, tentando sempre outro enredo, que não seja esse, o seu!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Quando a situação está tão estável, e você fica apática...

sussumonte disse (13:38):

- Tô bem, também!

donadanny diz:

- Bem vc está eu sei!
Mas tenho saudade da minha amiga sussu animada!
Faz tempo que não sinto vc animada com alguma coisa...

sussumonte diz:

- Trata-se da situação... Não do ser.
É questão de movimento!
Se não há...
Não dá pra sambar sem samba, entende?!

InternaMente...

*[...] Um coração só e vazio
suporta qualquer tempo...

Lá naquela ilha chamada solidão, habitava um naufrago. Um homem forte, guerreiro...

Ele lutava,

Quando havia folhas no chão...
Quando a tempestade caia...
Quando as borboletas o visitavam...
Quando o sol queimava.

Sabia estar só, a soma dos dias aumentava o vazio.
Não houve um dia em que ele não lutasse

- E contra quem o homem lutava?

Contra a ilha chamada solidão?
Contra as folhas?
Contra a tempestade?
Contra as borboletas?
Contra o sol?

Ainda,
Contra ele mesmo?

*[...] Um coração se assombra
com o vulto da própria sombra...


* Versos colhidos no cajueiro.
http://fredcaju.blogspot.com/2010/08/estacoes-e-coracoes.html

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Verdades & Relatividades

Talvez, esse texto lhe caia como uma “CONVERSA PARA BOI DORMIR”...

Estava eu, com minhas olheiras, e os pensamentos localizados na parte interior, acima das minhas sobrancelhas de Frida kahlo...
Era acerca de verdades & relatividades que eu pensava.
Embora não tenha ressaltado, outrora – num sábado a tarde – debatíamos: eu; alguns amigos; as taças de vinho tinto e branco; as cervejas e cigarros – para os que, faziam uso – Havia ainda o lustre de $$$$, à meia luz, quase a cair...

- Nayana, sobre aquilo que falei a cerca da verdade / a impressão que tenho de ela ser absoluta./ Ora, pairam algumas dúvidas:

Se não há verdade absoluta, então não há verdade! Logo, tudo na vida é relativo.

Se há verdade, então ela não é relativa, é absoluta! Logo, nem tudo na vida é relativo.

Não vou explicar, porque isso mais parece questão de raciocínio lógico, basta a confusão dada a tarde acima citada.

- Nayana, juro que ainda ando pensando a respeito!

Ando pensando na relatividade dos fatos, melhor dizendo, nos fatos relativos! Afinal, a teoria que tenho de a verdade ser absoluta, é uma visão, por exemplo, que alguns não conseguem enxergar.

Opiniões são, sempre, relativas aos fatos!

Há,de se equiparar verdades absolutas a fatos relativos. Pois evidenciamos variações sofridas, aplicadas às verdades, como mutações decorrentes no processo de evolução humana.

Quanto a veracidade absoluta, nos paradigmas “existentes”, numa sociedade atual, será sempre incontestável!
No entanto, serão eles/os paradigmas/ temporais (relativos). Sim! No que se refere ao processo de variações “existenciais”.

Se é que me entendem... Melhor parar por aqui, antes que eu perceba existir relatividade na minha verdade!(Risos)...

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Breve

As crianças correm pelo campo, parecem felizes – bastaria isso – uma parte do meu esforço recebe a recompensa, a outra lamenta. Aprendi: toda bifurcação requer renuncia, e toda escolha é uma estrada. Com o tempo, eu espero que elas entendam, renovarei nosso lar...
Deus comigo!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Meu ódio por você

Sabe aquela pessoa que tira de você o que você tem de pior? Aquela pessoa que gosta de brincar com fogo, que parece ter por objetivo desviar você do caminho correto. Que alimenta um ódio, que sinceramente você não faria questão nenhuma de sentir, porque você sabe, já leu isso em algum lugar: ódio aumenta a probabilidade de adquirir tumores cancerígenos.
Enfim, nessa idade eu descobri: sempre tem alguém que tira você do sério! Descobri também que isso é mais comum do que eu imaginava, descobri que a cadeia está cheia de pessoas ditas normais, pessoas que não teriam coragem de matar uma formiguinha sequer, mas perderam a cabeça, pois o ódio fez a razão ir pro espaço.
Daí, sem outra saída surge a necessidade de você falar com aquela pessoa estúpida, aquela pessoa que tira você do sério... Você liga do celular no modo confidencial pra desviar a repulsa inicial, mas quando diz alô é logo reconhecido e a palavra seguinte é: - Diz! / Vem a sua afirmativa intuitiva, pra extravasar a sensação de nó na garganta do sapo que você terá que engolir: PUTA QUE PARIU!
Eu tenho uma boa sintonia com a natureza e com o mundo animal, eu até aprecio os cavalos, não de um modo geral. Constato que os gestos e expressões de um CAVALO BATIZADO me assustam, ou melhor, irritam-me.
Eu consigo manter meu senso de humor estabilizado para todas as outras coisas, porque de fato já é algo inerente, mas quanto a você: eu tento lembrar que odiar faz mal, mas não sei como evitar, não sei como anular meu ódio por você. Sei que passarei alguns dias, ainda tentando; amenizando essa vontade de evaporar você.

Aff!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Motivos para você, torcedor...

Coincidência ou não o “polvo macumbeiro” previu a vitória de Fernando Alonso ontem no GP da Alemanha de 2010 (risos). Calma isso não é um fato confirmado, mas... O Brasil conquistou o nono título da Liga Mundial e isso sim, não foi previsto. Cala-te boca!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Copa 2010...


Francamente, eu não sei o que é pior pra se acreditar: Num polvo macumbeiro “praticamente um Chico Xavier”, ou, numa copa previsível e comprada. Será que tudo isso foi verdade, ou eu estou exagerando? Contra fatos não há argumentos! Deve mesmo, ser minha dor de cotovelo, ainda brasileira. Uma coisa eu garanto, pra eu acreditar nesse polvo, não duvidarei mais das sereias e do boto que vira homem.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

CARAPUÇA...

Hoje eu não aconselho a ler esse texto, pessoas que não gostam, por alguma razão ou não, de mim.
Tenho uma imagem a zelar e por isso antes das próximas palavras ressalto o ato com um pleonasmo em negrito: esse texto foi feito “exclusivamente” para os que me conhecem e me amam.
Desde a última terça feira (29/06/10), quis me dedicar a uma representação textual sobre “eu & meus amigos”. E como é sabido, tenho uma grande dificuldade quanto a isso (risos). Mas, a vontade permaneceu e, somente no intuito de alimentar a peripécia, é que resolvi ceder à gestualidade colocando a carapuça: Eu não mereço tanto!
Eu me considero uma privilegiada, pois além de ter muitos amigos eles são especiais e inteligentíssimos. Isso fugindo, é claro, da regra onde “os opostos se atraem”. Tenho sorte, eu sei, ao repelir os energúmenos de plantão – cá pra nós – comigo, só tem sangue bom! Ninguém se torna meu amigo por acaso, é uma adesão acertada e assertiva sem trocadilhos.
Há, particularmente, uma opinião unanime entre meus amigos, – você entendeu o que está escrito em negrito novamente? Instruções: se você entendeu continue lendo o texto, se “não”, por favor, vá para o último parágrafo do texto; se insistir em ler, eu garanto, você não entenderá as próximas linhas – para eles, sou afável, cativante, criativa e de língua muito afiada “podendo inclusive ser hostil quando, devidamente, necessário”. Para mim, opiniões como essas, dentre outras que possam surgir “desde que”, vindas de pessoas que realmente me amam, servem para suprir minhas pautas autocríticas e, garanto a todos, as demais além de infundadas nutrem a carência do próprio autor quanto a mim. Um grande engano! Mas, nada de se estranhar, são atitudes inerentes ao perfil dos quadrúpedes.
Sim, estou irritada! E não era pra tanto, não era mesmo! Mas de uma maneira rebuscada eu tento chancelar essa ré. Não duvide, sei fazer isso como ninguém! É que, além disso, que se ler há o que se sente.
Eu costumo dá mais atenção as coisas boas da vida, por isso volto a falar: tenho muitos amigos, uma linda família, saúde, paz, felicidade... (e a reticência é para as demais não mencionadas). Mas, o bom mesmo em minha “humilde” opinião, é que apesar de ter todas essas coisas em abundância, sempre ganho mais. Talvez, porque o feitiço vira “sempre” contra o feiticeiro.
Este, é o ultimo parágrafo do texto. Portanto, que fique bem claro: Expurgo diariamente “minha pessoinha” do mau agouro!

terça-feira, 22 de junho de 2010

InternaMente

Uma noite de sono por um texto, assim se deu a troca. No movimento das minhas mãos estou aqui novamente a escrever. Não que eu tenha algo interessante a dizer, mas sim porque nunca encontrei melhor forma de esvair as palavras que correm soltas por minha mente - Não! Meu time não perdeu, e hoje não me sinto injustiçada, também não se trata de nenhum tipo de indulto. Eis que desde o amanhecer a saudade me pediu para abrandar esse coração...

De repente, com o vento frio, que vem lá do horizonte, fiquei a lembrar daquele sol que nasce na praia. O sol das memoráveis manhãs. A intensa sensação de liberdade, dada aos cabelos jogados ao vento, arranca por segundos o apego insalubre do meu ser. Eu recordo minha infância e evoco minha inocência.
Percebi: os anos passam e emendam meu ser! E nessa dimensão seria mais eu, ali ou aqui? Por certo algumas recordações enfurecem o presente e isso nunca será algo tranqüilo pra mim, ainda mais quando volto aos erros que cometi. Mas e daí? Há leveza no meu ser, tenho essa sorte! Nada abranda tanto meu coração quanto o meu sorriso, ele que ora, remanesce sem juízo. É renuncia da dor. Nele há singularidade, que seja assim: de canto a canto; desvairado; indecente à tristeza; solene a minha existência.
VIDA LONGA!

domingo, 23 de maio de 2010

Reforma psiquiátrica: “É bom pra quem"?

por Nayana(Nay) Pedrosa
segunda-feira, 17 de maio de 2010

Na disciplina de psicopatologia temos que realizar anamnese, que é um tipo de entrevista, com os internos do Hospital Ulysses Pernambucano. Geralmente eles respondem oralmente, porém, teve um que se sentia melhor escrevendo do que falando. Uma estudante, no entanto, ficou insistindo para que ele falasse já que desse jeito era o melhor. Aí, ele perguntou: é melhor pra quem? Pra mim ou pra você? Esse fato pode parecer sem importância pra muita gente ou pode ser um exemplo de como é difícil entender que os/as loucos/as [ou as pessoas que sofrem de transtornos mentais] também são pessoas que não precisam, necessariamente, viver isoladas do mundo num hospital psiquiátrico ou que não podem falar/decidir sobre si e/ou seu “tratamento”. O saber psiquiátrico, além de classificar os transtornos, também divide as pessoas em dois grupos: as que possuem liberdade de ir e vir, pois se enquadram nos parâmetros de racionalidade e as que, por um motivo dito exclusivamente orgânico, não são racionais e não devem transitar entre/com as que são. A reforma psiquiátrica vem justamente questionar essa segregação e, consequentemente, a privação da liberdade dos/as loucos/as. É melhor pra quem que haja um determinado tipo de tratamento que exclui a loucura do cotidiano? Para a sociedade que se angustia e se sente ameaçada pelas subversões da loucura ou para os loucos/as que perdem seus laços sociais e a liberdade de ir e vir? Amanhã, 18 de maio, é o dia da luta antimanicomial, um movimento que pretende construir um outro modelo de atenção para a loucura e os transtornos mentais. Um modelo que procura ser mais tolerante com os que sofrem e que também procura resgatar [ou criar] a idéia de que os/as loucos também são sujeitos

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Verde e Amarelo (e azul, e branco)...



Vivemos um momento de expectativa excitante, o momento em que nós brasileiros, transformamos nosso mundo numa bola de futebol...
Daqui pra frente será assim: as cores verde, amarelo, azul e branco tomarão as ruas do nosso Brasil. E quem não gostar de copa do mundo bom “sujeito brasileiro” não é! Somos tão críticos (rsrsr), mas não vamos criticar a lista dos jogadores selecionados por nosso técnico DUNGA, a lista foi divulgada na ultima terça feira à tarde – eu não ousaria; até mesmo porque sou mulher, não entendo patavina de futebol, mas de uma coisa eu entendo, entendo de copa do mundo, de um modo geral quando o assunto é copa, eu entendo! – E nós, mulheres, sabemos da postura que devemos ter diante dos homens na hora do jogo, quer seja num bar ou em casa mesmo. A situação requer o seguinte: entrar muda, gritar GOOOOL e sair calada. Nessas horas, a mulher, assim como todas as outras coisas, torna-se para o homem algo divinamente nanico e insignificante. Mas certamente, nós mulheres não ficaremos tristes por isso, afinal o Kaká continua na lista dos convocados e estamos falando mesmo é de COPA DO MUNDO, e para tantos, nesse momento, somos todos brasileiros, com um motivo nato de comemoração: ver nossa seleção jogar. Apesar de o momento reviver as cores de nossa bandeira, devemos esquecer o amarelão que alguns dos jogadores de copas passadas tiveram, é hora de cruzar os dedos ficar na torcida.
Quando, nas ruas do nosso Brasil, os jovens, as crianças, os idosos, toda nossa gente se reuni... Quando adoramos ser brasileiros... Quando deixamos à mostra emoção e o orgulho através de caras pintadas e vestes nas cores de nossa bandeira. Quando esses sintomas aparecem – é tempo de COPA DO MUNDO – em dias assim não somos apenas “BRASIL”, somos também “BRAZIL”, desencadeia-se um desejo de conquistar o primeiro lugar no mundo - Adoramos dias de COPA DO MUNDO, adoramos torcer por nossa seleção.
Vamos ser novamente BRASIL e BRAZIL!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Médio pensamento, contínuo...

Interna Mente...
por Sussumonte

Ontem, fiquei impedida de sair de casa por causa de uma crise existencial. Com medo de ficar perdida nas ruas, sem direção, ou, pior ainda, sem saber como retornar à minha casa. Preferi não arriscar em ir à casa de D. Gigi a quem por sinal, devo minhas desculpas – Perdoe-me D. Gigi, espero que essa atitude tenha sido inócua (palavra usada de acordo com o nível intelectual de D. Dona Gigi), o bom é que a iniciativa foi oportuna, afinal isso a motivou a fazer aquela faxina, pena que eu não pude sujar o seu xaxim – a propósito, passado "os maus bocados" devo agradecer a minha crise existencial por ter me rendido esse texto.
...Quando falamos de solidão, num primeiro olhar, ao molde formal, logo imaginamos um “ser que vive só, sem alguém”. No entanto, com um pouco mais de afinco, é possível, perceber-se só em meio à multidão. Sem ser necessário procurar outro significado, de maneira mais explícita, ocorre-nos que a solidão aconteça na ausência de “alguém em específico” – sendo por essa e outras razões, chego novamente à conclusão que alguns sinônimos “tanto de palavras, quanto de pessoas” devam ser sempre revistos –, é realmente abusivo afirmar que uma pessoa vive numa solidão porque vive só; quando na verdade, ausentando-se o primeiro caso, ela pode estar bem melhor acompanhada, por si mesma, que por muitos que a circunde.
A solidão não é “gentil”, mas é bem companheira. Ela nos trás tristezas e remete-nos a uma saudade melancólica. Ela nos causa a falsa impressão que necessitamos de algo ou alguém, de preferência que não esteja por perto naquele momento. Ela nos deixa numa crise existencial sem sabermos quem são, e aonde estão nossos amigos. Ela mastiga nossa autoestima e faz aquela frase – Eu me basto! – parecer uma das frases mais idiotas que você já ouviu em toda sua vida. Seja na ociosidade ou no excesso ela pode lhe acometer. Não é por acaso que a solidão é um dos males que mais aflige o ser humano.
- Por incrível que pareça, apesar de ter muitos amigos e amores, algumas tardes (mesmo aquelas de céu azul e sol forte) são, para mim, escuras como a noite. Ainda bem, que se trata de uma exceção. Sinceramente? - Odeio os feriados quando estou desacompanhada, nessas horas eu descubro o quanto “eu não me basto!” Até mais.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Pelo amor de Deus, perdoe-me João!

Bom não ter companhia essa tarde, porque têm coisas que só consigo fazer sozinha. A presença de alguém inibe minhas conversas com o espelho do banheiro, além dos monólogos por toda casa. Muita gente diria que sou maluca se existissem câmeras espalhadas por aqui. No fundo acredito que maluca devo ser, ao menos um pouco. Numa dessas conversas (as de hoje à tarde), falei pro meu espelho – não me olhe assim, nem tudo foi culpa minha! – agradeço boa parte da minha resignação, a mania que tenho de aceitar sentimentos monopolizados, embora eu não encontre alternativa. Afinal, qual sentimento me foi dado de acordo com os critérios que eu determinei? Resposta: Nenhum!
Vou deixar de conversa fiada – francamente esse texto não tem nada a ver com o que escrevi aí em cima, mania de ser prolixa – o assunto é o seguinte, andei muito triste com uma barbaridade que ouvi no fim de semana passado, não sei se isso já aconteceu com vocês, se já aconteceu de alguém lhe culpar por ser infeliz. A questão é, sobre a imputação pela “infelicidade alheia”, queria me defender e dizer que não houve dolo. Nossa! Como é ruim ser indeferida por alguém a quem você quis velar – foi como servir “suco de uva” a João à mesa e, sem querer, derrama o suco por sua blusa branca – desastrada, isso que sou!
Na verdade ISSO que sou, desastrada, mas não é assim que me sinto, ou pelo menos que João fez eu me sentir... Sinto-me culpada, constrangida. Se eu pudesse voltar ao tempo lhe juro “quem iria à Cochinchina seria eu”, se pudesse desviaria daquela direção. Infelizmente não tenho alternativas a oferecer; perdão não funciona, lamentar muito menos – mandar-lhe flores com chocolates, só lhe faria engordar – que tal um “chiclete mascado” com uma promessa? Cole-o na janela do seu quarto e tenha a garantia que enquanto ele não se decompor eu não lhe farei visitas...
... mas João, se ainda assim o chiclete mascado lhe trouxer lembranças minha, considere-o “etc ” das nossas desventuras e – pelo amor de Deus, perdoe-me João! – aceite de uma vez por todas que não poderíamos adivinhar que não "fomos assim... feitos um para o outro".

A tampa é menor que a panela!
Classificação do texto:(besteirol...)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Vá pra lá, por favor...

por Sussumonte


A você que não cheira nem fede
Você que não é doce nem salgado
Você que não é assim como “o bife do meu almoço”
Você que nunca me pegou, e certamente nunca me pegará de surpresa com suas descobertas primárias e tardias “de que o mundo tem formato redondo e gira”
Você que simplesmente participa da minha vida porque deve ser “sinceramente” parte de algum carma “fuderosíssimo”
A você que nunca entendeu o que eu falo, peço desesperadamente que entenda o meu atual, real e simples desejo:
Segundo a pesquisa que eu fiz ao Google,(http://pt.wikipedia.org/wiki/Cochinchina), a Cochinchina existe, essa imagem logo acima do texto, é a sua bandeira, e é pra lá que eu gostaria que você fosse...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Perguntas postiças (parte I)

por Sussumonte


- Olá Amélia, como vai? Tudo bem?
– Oi Drica, eu estou mais ou menos...
– Sua mãe como está? E sua irmã? As crianças, elas estão bem? Beijo, eu preciso ir...
- É, já que insisti em saber, estão todos...

A resposta que Amélia queria dá a Drica:
-Drica, foi tão rápido aquele nosso encontro outro dia, e talvez você nem tenha percebido uma tristeza em meu semblante. Drica, semana passada o meu gatinho “frajola” morreu; você também não perguntou por meu marido, Drica. Amiga, eu fui “traída,” o filho da puta do Paulão colocou um belo par de chifres em mim e foi morar com uma rapariga, Drica. Ainda não descobri quem é a “Puta” que está com ele. Ai amiga, ele já tirou todas as roupas do guarda roupa, estou arrasada Drica!

A pergunta que Drica esqueceu de fazer:- Será que o Paulão não deixou por lá, uma camisa do Sport, ele está sentido a maior falta dela?

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O MUNDO VAI ACABAR OU NÃO VAI?

Ando assustada com as notícias nos telejornais sobre os desastres ocorrentes. Algumas idéias podem desparafusar sua cabeça de tanto que faz você pensar. Esse agendamento para o Fim do Mundo em dez. de “2012” tem mexido demais com meu juízo.

O mundo vai acabar: segundo os Maias; Nostradamus; o apocalipse; segundo as imagens que ultimamente vejo na TV, e segundo a minha vizinha do “103”...
Eu já tive um sonho assim – desses sonhos assustadores, onde têm Tsunami, furacão, muita gente desesperada e o céu cai sobre nossas cabeças– melhor dizendo, não se tratava de sonho e sim de um pesadelo. Lembro muito bem, que no sonho havia tanta gente transtornada, uma multidão envolta por um desalento querendo salvar seus filhos e animais de estimação, e ainda no meio de todo aquele caos, Deus aparecia em forma de um grande pássaro negro – que transmitia muito medo, não temor – e toda aquela gente não tinham pra onde ir... Por sorte minha, acordei antes de morre. Eu devia ter por volta dos meus 12, 13 anos (não faz muito tempo assim), nunca esqueci esse terrível pesadelo.

A grande questão: O mundo vai acabar ou não vai?
- Bem, eu não sei se o mundo vai acabar! Ninguém sabe! O fato é que durante muito tempo esperei que o céu mudasse de cor e O Grande Cataclismo acontecesse acabando com tudo em volta, passaram-se alguns anos – e como pra mim, um ano representa muito tempo – eu percebi que esperar poderia levar embora anos da minha vida.

Falando sério...
Por esses dias, pensei: quantas pessoas continuam aguardando o FIM DO MUNDO. Elas ficam paradas, afim que o mundo se exploda e assim vão acabando com ele... Eu sei que já está manjado esse papo de: não jogue lixo nas vias públicas porque entope as canaletas; faça xixi no banho e economize água (ao menos da descarga) porque futuramente ela será escassa (aliás, já é...); deixe seu carro na garagem e vá ao trabalho uma vez por semana de bicicleta isso diminuirá os efeitos danosos dos gases poluentes à camada de ozônio...

A minha vizinha do 103...
Dona Marília, anda pouco preocupada com essa história, ela é evangélica e – isso que vou dizer agora não tem a ver com o fato de ela ser evangélica – a cada novo terremoto/ enchente acompanhada de desmoronamento/ furacão.../ enfim, a todo fenômeno físico catastrófico que acontece, paira sobre ela um fatalismo, a consignação do apocalipse, ela ressoa:
- É O FIM DOS TEMPOS MINHA FILHA, OS JUSTOS SERÃO SALVOS! – Talvez, ela tenha se arrependido de todos os seus pecados ao catalogá-los um a um, mesmo aqueles mais distantes, aliás, isso parece ser sua tarefa de casa (olhar seus próprios erros), do contrário, fico eu olhando da minha varanda “meia dúzia” de idiotas jogarem as latinhas dos refrigerantes que consumiram na lanchonete ao lado, na calçada do meu prédio. – E puta merda! – Há um depósito de lixo bem ao lado...

Tudo pode ser menos catastrófico...
Não podemos remeter a Deus, ou a nós mesmo a responsabilidade por esses fenômenos. Se o mundo está acabando – funciona como num fim de um relacionamento, não há em quem colocar a culpa – Em qualquer que seja a situação, procurar culpados é sempre ineficiente quando, o que se necessita são reparos. Eficaz é achar soluções, e se cada um, dentre tantas boas ações que se têm pra fazer, ao menos fizesse a sua parte, o mundo agradeceria. Se todos levassem mais a sério o nosso planeta, por certo, seríamos compensados com menos episódios catastróficos, ou ao menos seríamos eximidos de toda culpa.

Minha grande preocupação...
- Deus, será que eu serei salva?

quarta-feira, 14 de abril de 2010

NÃO ME ENVERGONHO DE MUDAR DE IDÉIA PORQUE NÃO ME ENVERGONHO DE PENSAR. (Pascal)


Para alguns seres humanos, talvez fosse mais fácil não pensar (se pudessem não existir). Se para existir precisasse ser habilitado, tipo: “aprender a pensar antes”. Se existir não fosse, na sua semântica, “TER EXISTÊNCIA REAL, VIVER, DURAR, PERMANECER, SUBSISTIR.” Existir dá um trabalho danado, mas não precisa de licença prévia (é uma pena). Daí o termo “PENSO LOGO EXISTO” retrata nossa existência dentro da condição de pensar, independente daquilo que se pensa. O ser humano, pensando, reúne certa quantidade de idéias, e determina a sua existência. Assim, por exemplo, as crianças existem; apesar de seus pensamentos imaturos e confusos, elas agem desprovidas do medo de acordo com seu mundo inanimado. Para citarmos outro exemplo – um psicopata, antes, ordena e confabula seus crimes dentro de seu pensamento, depois os executa – Outro exemplo ainda é o de Fulaninha(burrinha) – que eu não quero citar o nome para não parecer pessoal, e acreditem não é – ela gosta de usar uma frase clichê: -“não me arrependo das coisas que fiz e sim das coisas que deixei de fazer por medo de me arrepender” – Vamos para o ultimo termo, há de se imaginar que a falta de atitude daqueles que desperdiçaram uma oportunidade, seja baseada na hipótese de ter sido boa ou ruim, é algo extremamente digno de arrependimentos – Eu torno operante em minha mente, esse pensamento – quanto ao primeiro termo “não me arrepender das coisas que fiz”, parece esdrúxulo, já diante do termo seguinte “que trata-se de um arrependimento” – pelo amor de Deus, quem disse essa frase a Fulaninha? E Fulaninha não existiu porque ela não pensou, ela apenas disse da boca pra fora o que havia escutado. Talvez o que Fulaninha não saiba – ou não tenha ainda parado pra pensar – foi acerca do termo “arrependimento” que dentre seus significados, ressalto aqui alguns: “MUDAR DE IDÉIA, OPINIÃO, PARECER OU PROPÓSITO” . Existe uma frase que retrata bem o desperdício daqueles que envergonham-se ao se arrepender:

NÃO ME ENVERGONHO DE MUDAR DE IDÉIA PORQUE NÃO ME ENVERGONHO DE PENSAR. (Pascal)

- É Fulaninha, para mudar sua forma “BURRINHA” de existir, você terá de recorrer ao seu modo de pensar e reunir outras idéias... Enfim, temos aí duas condições que dependem do PENSAR – a existência e a mudança. Afinal, ERRAR É HUMANO, PERMANECER NO ERRO É BURRICE... Pronto!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Aos meus amigos...


"Mesmo que as pessoas mudem e suas vidas se reorganizem, os amigos devem ser amigos para sempre, mesmo que não tenham nada em comum, somente compartilhar as mesmas recordações. Pois boas lembraças, são marcantes, e o que é marcante nunca se esquece. Uma grande amizade mesmo com o passar do tempo é cultivada assim."

(Vinícius de Moraes)

Hoje, não sei por qual razão, fui abraçada por uma lembrança saudosa.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

ESPERE QUE EU CHEGO JÁ...

Eu preciso sair, tomar um ar, ver gente amiga, passear...
Disseram-me que ando sumida./Ai meu Deus, ainda mais essa!/ - Maria,vem caaaaá.../ Ser presente sendo ausente./ Os paradoxos estão cada dia mais culminantes./ - Já voooouuu...

quinta-feira, 8 de abril de 2010

TODO MUNDO É ALGUMA COISA. ZÉ NINGUÉM "NÃO" É UM NADA (ZÉ ninguém "não" merece isso rsrsrs).

Já havia muito não explanava minhas idéias sobre os absurdos alheios, nem os pessoais. Bastava-me a cara de desdém, dos outros para comigo, e minha para com os outros.
Às vezes eu apenas “pareço” ser hostil tentando usar as ferraduras que a vida me deu, há de se entender que eu não levo jeito pra essas coisas. Afinal de contas, minha essência é outra, o que não quer dizer, que eu não saiba dar coices -não queiram conhecer o ápice da minha hostilidade - às vezes dou um belo e forte coice, mas prefiro a mansidão. É que a vida vai diversificando tanto meus suportes, e eu preciso aprender a usá-los bem. Esse argumento pode até parecer ínfimo, mas serve para justificar minha corrupção àqueles dias “tempestuosos” em que aparecem os rótulos; onde ser herói ou ser bandido não é uma questão de opção. Já, para os dias mais “amenos” minha mente tem aspecto ruminante.
Nas minhas superficiais opiniões, todos sabem - não há nada de novo no que vou dizer agora – é sabido que não suporto empáfia. Venha ela de quem vier!
Reparem; se eu digo que Zé Ninguém além de ignorância possuía arrogância, vocês hão de concordar comigo que Zé Ninguém não era assim tão vazio. Isso mesmo, Zé Ninguém não era “num todo um NADA”. Zé Ninguém sempre trata de ter algo o que mostrar e se orgulhar.

A seguir a estória de um pavão de bela plumagem, que gostava muito de se exibir.

"RABO DE PAVÃO"
[...] - Boa noite Sr Pavão? – disse às pressas a galinha.

Antes mesmo de retribuir “boa noite”, o Sr pavão deu aquela arrumada na plumagem e disse:

- Gostou do alinhamento de minha bela plumagem? Minhas plumas valem uma fortuna e se parecem com grandes olhos abertos, todos pensam que estou sempre a vigiar...

Não citei espaço além do tempo, mas quero dizer agora que eles / o pavão e a galinha / encontravam-se num pobre rancho e como já se sabe era noite.

- Sr Pavão , não consigo enxergá-lo bem. O Sr não percebe que é noite, não tenho visão noturna e sinceramente estou tão preocupada com a astuta raposa, prefiro apressar-me em resguardar, não quero correr o risco de ser apanhada por ela.

E com o ego encharcado /cheio de orgulho vão/ seguiu o Sr Pavão, disfarçando olhares /para o vislumbre de uns/ exibindo assim a estética de sua “tão alinhada” plumagem. Dona Raposa nem precisaria ser astuta./ Aquelas plumas que mais pareciam grandes olhos não conseguiram enxergar/e o previsível aconteceu.../ “Dona Raposa” o formoso pavão comeu.

(A única coisa de fato relevante, foi o grande trabalho que a Dona Raposa teve em estraçalhar toda aquela “alinhada plumagem”).

[...] Também é dado outro termo a plumagem do pavão “ RABO”, portanto:

Cuidado, com o rabo à mostra!
Isso, segundo MAriazinha lá dos montes "aquela que escreveu"

Neste texto foi permitido soberba da autora.

Até mais, Vida longa...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Ser ou não ser...

Através de um vidro embaçado enxergamos a nós mesmos. A imagem que temos não é a mesma daquele atento vigia. E mesmo sendo paradoxo analisar a si mesmo, há quem peleje nessa retórica e se esforce tentando ser seu próprio interlocutor, é aceitável, afinal ninguém possui nossas interjeições - quereria eu sim vender meu peixe a todos e ser considerada politicamente correta aos olhos alheios. – A verdade é que apesar de sabermos tudo sobre nós não enxergamos nossa imagem além daquela parcial refletida no espelho. (...) Demorei muito a entender que sou além de mim, sou o que o outro vê. Posso ditar quem sou. Não se trata de ser apenas isso e sim ser aquilo/ e ser singular / e comum. / Sou necessária – às vezes não - igual ao ponto do i./ Sou parte/ e sou completa./ Sou o buraco e a beira – e toda a esfera que os separam./ Sou a equiparação do paradoxo - de quem acrescenta ao extrair./ Sou a vontade de ser diferente – já não sendo igual./ Sou complexa/ e sou fácil./ Sou a minha parte/ e os pedaços que me arrancam – também sou o que dou./ Sou aquilo que pareço ser/ sou infinitamente - muito daquilo que não quero ser./ Não sou apenas isso que mostro - sou também aquilo que escondo. / E entre ser ou não ser, não cabe a mim o alarde.
Maria Monteiro

quarta-feira, 24 de março de 2010

TÃO BREVE, TÃO IMPORTANTE...



Foi naquele cantinho escondidinho que um dia eu nasci e logo em seguida lhe conheci...
Mas quis a vida que nosso encontro fosse rápido e logo parti
Agora deixei você aí com os cheiros, com os hábitos (que hão de mudar, sei lá!) seus hábitos noturnos e toda a casa, toda a casa pra você lembrar-se de mim.
Não vale chorar, não chore porque sempre se vão os bons tempos e toda manhã, na verdade, espera algo novo de você, por isso o sol nasce rasgando qualquer escuridão
Eu acho você linda, mas lembre-se do quanto eu não gostava de vê-la chorar
Lembre-se dos bons momentos e você certamente sorrirá
Eu não sei pra onde eu vou, nem sei porque precisei parti
Mas quero dizer com essa luz vinda do meu olhar “OBRIGADO!”
Não se preocupe, quero que fique bem EU AMO VOCÊ TAMBÉM.


Eu queria poder falar com os animais, queria ter entendido a sua dor. Queria guardar o seu cheiro pra sempre aqui em casa. Queria não achá-lo tão singular. Existem momentos importantes em nossas rotinas que no dia a dia são imperceptíveis, momentos que não ouvimos suas salvas. Hoje quero agradecer a tudo que me faz (ou fez) feliz,a tudo que preenche meu ser e em especial ao gatinho mais lindo do mundo, chamado "Barack".

Obrigada!

quarta-feira, 10 de março de 2010

BREVE VERDADE...

Gosto daqueles que não gostam do oposto, nada contra, nada a favor! Hoje fico a pensar como diz um amigo meu - o mundo é gay! - Tenho tantos amigos e amigas nessa posição e eu sei, são pessoas maravilhosas, o que me irrita são aqueles que ainda tentam fingir, por medo, por vergonha. Esses me dão dó! Também tenho dó daqueles que são preconceituosos, que julgam, que perseguem, que se metem onde não são chamados...!
E digo - eu não sou Gay! - se fosse, vocês não precisariam me engolir, eu cuidaria de engolir vocês!

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Pequenos pensamentos contínuos...

"INTERNA MENTE"
E já dizia minha avó, quem não arrisca não petisca! Cruel e covarde é o medo que habita dentro de cada um de nós, fincando nossos pés no solo infértil da mansidão. Ousar é garantir movimentos bruscos da mente e do corpo sem medo da insanidade, mas há situações em que uma simples casca de ovo torna-se uma prisão, a ponto de não ser facilmente rompida, basta imaginar-se gema, onde a única alternativa que ela tem é esperar o alheio, pois o ovo, ou, será chocado, ou, será quebrado - de outro modo a pobre gema, assim como a clara, apodreceram, enquanto que a casca continuará integra – assim são as prisões que recebemos por atos falhos, como ironia do destino. E não adianta lamentar, pois comprometeram nossa liberdade - todos nós sabemos que nossa liberdade é assistida, a força que rege a vida ordena a posição do vento – quanto ao que nos compete, eu diria: A maior distinção entre a covardia e a coragem está em ter, ou perder o medo, não que as correntes sejam fáceis de romper, mas reconhecer-se preso é o primeiro passo para buscar a liberdade. E há ainda uma tênue diferença entre buscar e alcançar: se você não souber o que procura, vai rodopiar sem parar. Não quero dizer que deva ir numa reta, afinal a mosca voa em círculos e mesmo assim acerta o alvo.
- Meu trajeto é parecido com o das moscas, o seu poderá ser parecido com o dos ratos – eles sempre vão e voltam pelo mesmo caminho – o importante é lembrar e atingir o que você foi buscar.

Ps.:
Imaginar que depois de o ovo ser chocado...
Aquela gema se transformará num pintinho...
E como seguinte será uma galinha, voltando assim a “botar”... Outros ovinhos, que se transformarão em novos pitinhos... Enquanto nós nos perguntaremos: quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha?

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Pequenos pensamentos contínuos...

"INTERNA MENTE"
Certo dia, você se percebe preso, dentro de uma casca e lembra que anteriormente aos dias fatídicos, com apenas um gesto, fora atingido por uma impetuosa armadilha do destino. A esse tempo atroz que antecede , remanesce a paciência e o presságio de dias melhores – não há mudanças sem atitudes – sua escolha está entre arriscar ou esperar. Há sorte ou azar no jogo e nada no desalento...

Útil, porém dispensável!

Estava dentro do carro em alta velocidade e deixei cair pela janela a pequena tarraxa do meu brinco. Eu sabia que em algum lugar da estrada ela teria que parar, porém pensar em procurá-la era desmotivante, afinal mais a frente, eu sei,qualquer outra tarraxa me servirá.
Pequenas coisas, mesmo úteis, são insignificantes e facilmente substituíveis. E você pára pra pensar que palavras e sentimentos quando próximos podem confundir seus significados.
Aquela "PEQUENA" tarraxa que deixei cair apesar de "PEQUENA" era útil, porém irrelevante a ponto de tornar-se totalmente dispensável para mim.
Assim como são as "COISAS" são as "CRIATURAS".

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Mula Gigante.

Ele viu que aquela carreira de playboyzinho estava chegando ao fim. Quando percebeu que já não tinha tanto assédio como antes. Pelo menos por parte das garotas, de todas as idades, até aquelas que já não se pode mais chamar assim de... "garotas".
E agora aos 30 e poucos anos ele se perguntou: O que eu vou ser quando crescer?
Ora, ora... Tão cedo e você diz adeus ao seu glamour. Se fosse de fato seu fim, lá estaria escrito em sua lápide: "AQUI JAZ, UMA MULA GIGANTE EM FORMA DE GENTE".
Agora eu pergunto e suas camisas da Ralph Lauren, Gucci, Armani, Lacoste, Tommy? Todas suas roupas da Abercrombie & Fitch, Levis? E seu perfume quase caro “Jean Paul Gaultier”, a lancha de luxo do seu pai, seu carro importado... E agora, por que essas coisas não mais preenchem o seu vazio?
Ufa, achei que seu cérebro não tivesse espaço para indagações sobre as coisas simples da vida, eu nunca pensei que ao arrumar o cabelo diante do espelho ele também pudesse lhe mostrar, além das marcas da idade, a penetração sublime do amor, o vazio que é viver sem ter ao seu lado alguém. -Dói? - Dói!
Dói tanto que eu ofereço ajuda:
Mayday, mayday ! S.O.S. a um coração arrependido, que lamenta o tempo perdido...
S.O.S. aqueles que se preocuparam demais com o rótulo mostrado aos outros rótulos.
- Mayday, mayday. Temos outras prioridades! Lá no Haiti estão precisando de ajuda humanitária.
- Outra opção você, seu burro:
Por que você não se manda pro Haiti pra ajudar parte daquela gente, ao invés de ficar aí na fila dos desiludidos?! Isso mostraria melhor seu coração partido.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Luiz, respeita Januário.

À beira do rio pensando, nas cores e paisagens, na longa estrada e meu retorno, nas grandes possibilidades de acertos sobre pontos de vista pré-formados. Frio? Não. Calor de matar. Um céu todo azul e a sensação de estar mais próxima do sol, com duas semanas nesse lugar minha melanina seria ativada e eu seria definitivamente: pretinha.
Um pouco enjoada, por causa dos whiskes ingeridos na noite passada, por sinal "não" dormida, enfrentei "novamente" o vulco vulco da viagem, subi à balsa para atravessar o rio São Francisco (O Velho Chico)... Quando voltamos pra casa sempre deixamos algo para trás.
E lá se iam algumas erronias impressões que eu tinha, tudo contrário a mim. Em resumo eu digo: as cidades, que eu visitei, são lindas, verdadeiramente agradeci a oportunidade de apreciar as paisagens naturais do sertão (PE/BA), tamanha é a riqueza desses lugares, mas... Definitivamente, EU SOU URBANA!

Desculpe-me Luiz Gonzaga (ele que tanto elogiou e amou o sertão), se pudesse o diria pessoalmente:
- Luiz, com toda admiração e respeito que o tenho, hoje estou mais convicta de adorar a poluição sonora e visual das cidades grandes, com todos os arranhas céus, por sinal um comentário que queria fazer sobre uma das muitas constatações que tive “eu, uma matuta da cidade grande”, andando pelas ruelas daquelas cidadezinhas do sertão, percebi o quanto gosto dessas luzes artificiais que me cerca, a única coisa que eu trocaria, sem dúvidas, era aquele ar puro que respirei. Sim, porque essa poluição um dia ainda vai me matar de asma, acho que se pudesse trocar o ar, certamente minhas "ITES" agradeceriam...

Outras constatações: gente é gente (e algumas em especial são maravilhosas), bode é bode, vaca é vaca, galinha é galinha (aliás, essa constatação não tive bem ao certo). Tem mais: eu aprecio o verde(apenas aprecio); avestruz é delicioso; eu continuo achando "sushi" a melhor comida do mundo e a mais importante de todas as constatações: calango é calango e eu, também, “sou camaleão".
Saudades desse espaço, agora com mais tempo voltarei a postar.

Bjs. Love Su!