terça-feira, 26 de outubro de 2010
Objeto do Desejo
Depois do último encontro, não passou muito tempo – no que se refere a anos –, ela percebeu que estava sozinha, sentada no chão da sala – lembrou que já se sentiu assim antes – olhou para os quatro cantos – era por volta das 21h00 – não viu nada, não viu ninguém. Resmungou os sapatos apertados – tantos calos –, na flecha da luz que atravessava a janela fixou seu olhar, e foi se distanciando daquela cena, entrando em seus pensamentos, deitou-se ali mesmo, adormeceu e sonhou – nada do que for dito daqui pra frente aconteceu – sonhou que estava numa espécie de bosque – eram árvores floridas que nas alturas se cruzavam e deixavam um estreito caminho – um dos cenários mais belos que já pode sentir:
- Levanta-te e vem comigo, tira o invólucro, aqui não há desejo proibido – disse aquele –objeto do desejo – que já havia muito a aguardava ...
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