quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

... Amar também é padecer no... Leiam

Isso pode realmente ser enfático, mas não terá relevância se você não me entender. Bem, sabe aquela dor de barriga que me dava quando criança, e ainda, sempre que fico ansiosa? É, ela voltou! Odeio que os outros percebam que você saiu e deixou a porta aberta, eles podem pensar que o amor é mesmo fugaz. E eu? Eu nem quero acreditar que o troco da padaria veio errado, que acabei pagando a mais, e por culpa da minha distração, só percebi quando voltei pra casa. Eu estou aqui numa terrível agonia, querendo lembrar aquela música que você nunca me ofereceu, mas que eu insisto em dizer que você cantava para mim. Sim, a nossa música, bem que poderia existir, certamente – mesmo sendo esta desafinada que sou – daria um jeito nessa minha voz rouca, e a cantaria suavemente pra você. Mas, ou os meus estímulos estão adormecidos, ou me faltam memórias para recordar. Eu sou tão medrosa para fazer apostas, e se ganho ou perco, meu bálsamo é o meu tesouro. O que eu queria mesmo era saber se você também sente esse aperto no peito, porque eu não consigo identificar se em mim ele existe por te amar demais, ou por desconfiar que já não seja amada. Eu gosto de estar sempre certa, mas nesse caso eu não me importarei em ser a errada. O amor nem sempre vai "de vento em popa".