quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Ponto de equilíbrio...

Nas manhãs desse meio-inverno, sento-me à beira da cama e me pergunto: será que o sol virá? Os dias cinzas, (já falei deles antes), são chatos. Andando de um lado pro outro do quarto, com um ar de melancolia confesso: eu me encolhi. Como quem se encolhe com medo na cadeira do dentista (eu-não-sou-assim), como uma mola antes do salto, como uma lesma na hora de sua morte. Esqueci meus méritos de boa conselheira, outro dia lembrarei que eles existiram. Eu queria ignorar, como já fiz antes, a falta de sinceridade das pessoas e simultaneamente me sentir gigante como o “João do pé de feijão”; por ser honesta, por ser eu mesma.
Perplexa, talvez sem nexo. Supracitada “eis a criatura por um triz”.
Evidentemente estive em pedaços. Dias atrás engoli um sapo, tardei essas palavras, por causa do estômago. O estômago? Sim, ele não aguentava mais o álcool, nem as conversas furadas tão... “filantrópicas”.
O importante é que passou. Busquei o ponto de equilíbrio. Voltei pra academia, voltei a escrever e agora que a tristeza se afastou de mim tenho a certeza que nenhum estado é permanente, esse é o normal da vida, ela tende a voltar ao normal.
Com o espírito mais elevado, eu revelo: Não vale a pena acentuar nosso antagonismo (fruto de um amor paralítico), nem dedilhar acerca de sepultamentos. Sobre as coisas que eu tinha pra dizer, não farei confusão:
Naquela quase esquina, a que nos fez esbarrar e nos conhecêssemos
Seu Arthur, o dono da mercearia, lembrou-me bem: cuidado menina, pra quê a pressa?
Da mercearia, na esquina se via faísca, eu ao seu lado e você ao meu
Arquear, eu avisei ao coração.
Eu era boba, bem inocente e tinha um coração...

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