segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A Carne é Fraca.

Não há nada mais leviano quanto os nossos desejos. Você passa um tempão mentalizando e dizendo "não" diante do espelho. Quando de repente ele ou ela aparece na sua frente, e você emudece. Você até senti vontade de pegar uma cruz e dizer como quem expulsa demônios: vai de retro satanás! Mas aquele sorriso cínico que você deixou escapar insinuou o quanto seria fácil roubar um beijo seu, ou, até mais que um beijo.
A carne é fraca não?
Até bem pouco tempo atrás, quando você estava sozinho, você dizia: Eu me basto! Mas logo percebeu que não dava pra ficar muito tempo na mão, que essa filosofia de vida o tornava egoísta. E ser egoísta nunca foi a sua praia, dai surgiu um forte argumento pra ceder. E você se viu como um animal irracional, sedento de prazer e depois de perder a cabeça pediu desculpas pra si mesmo dizendo baixinho: Foi culpa do desejo, ele nunca escolheu hora, nem dia pra atacar! Até ai tudo bem, você não pousou de vítima, e não fez "outra pessoa sangrar".

Mas da última vez que você sentiu esse impulso, teve que parar pra pensar, pois estava acompanhado, e se preocupou em não ferir ninguém, dessa vez você se perguntou: o que devo fazer? Será que ele ou ela faria o mesmo por mim? Será que conseguirei? Você pediu, "praticamente implorou", a algum troço lá dentro de sua cabeça que pusesse uma camisa de forças no danado do desejo, e gritou aos berros isso não é hora, nem dia pra atacar!

E depois de vencer aquele monstrinho; pecou, apenas porque deu o maior mole, cantando ao vento aquela música que representa as palavras que você quis dizer, e ou, escutar.

Sussumonte

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